Texto: Manuel Dende *** Foto: Lourenço da Silva

São Tomé, 25 Mai. (STP-Press) – Com efeito, fundada à 25 de Maio de 1963, anualmente a data é celebrada no continente para relembrar a constituição da Organização da Unidade Africana (OUA), organização que visava na sua carta Magna, entre outros objectivos, a Luta Contra o Colonialismo assim como o Neo-coloniasmo em África.

E no âmbito desta luta anti-colonial, a OUA, visualizou a intangibilidade de fronteiras deixadas pelo colonizador ou seja um país ao ascender a Independência nunca seria posto em causa as fronteiras deixadas pelo colonizador senão o progresso económico, cultural, a paz e solidariedade entre os africanos.

Assim, Haile Selassié quando convocou pouco menos de meia dúzia de representantes de Estados de África para se reunir em Addis-Abeba, capital da Étiopia, rebatizada sede da OUA (porque é lá que fica a sede da União Africana), Kennet Kaunda da Zâmbia, Kwame N’kruma do Gana e Julys Nyérere da Tanzânia, guineense Amed Sekou Tourée e Hassan II do Marrocos nunca poderiam esperar que a obra destes heróis pudesse florescer para, hoje, se configurar e ver a África quase, sim, quase, completamente libertada do colonialismo.

Quase, porque há ainda focos deste mal que sempre perseguiu e condicionou os africanos no seu direito ao progresso nomeadamente sustentado e em igualdade de circunstância com outros povos mormente Europeu, por exemplo.

Focalizando a efeméride numa perspectiva interna, ao qual se refere a São Tomé e Príncipe e por circunstâncias de pandemia, hoje, não se assiste o colorido, o frenesin e outras correrias assim como alegria que transborda nos Jovens pré-universitários nos Liceus, pelas diversas ruas e artérias da Cidade de São Tomé e nos Liceus, evocando a efeméride.

Confinado hoje em casa e marcado, igualmente, por um clima de desmoralização causada por Covid-19, não se vê também nas ruas da capital São-tomense, mulheres com trajes africanos ou mesmo homens com as habituais camisas baseados em tecidos africanos e tudo por culpa de Covid-19.

Com a confinação resultante de três estados de emergência em nome de salvaguarda de saúde pública decretados pelo Chefe de Estado Evaristo Carvalho, pode-se entender que priva-se as pessoas de mobilidade e tira-nos, igualmente, a vulgaridade de satisfazer objectivos pessoais mas, também, hoje, no dia de África, confinados em casa, não seria uma oportunidade para uma reflexão profunda sobre os progressos, constrangimentos que privam o próprio desenvolvimento de África, espaço, igualmente, considerado berço da humanidade pela civilização humana que marcou a história do Mundo.

É verdade que Covid-19, em África, constituí hoje um desafio para todos os africanos, pois, volvidos pelo espírito da Carta Magna dos precursores de Luta de Libertação de África, visualizar-se-á um dia um progresso estável ao qual os novos líderes deram corpo criando a União Africana (UA).

Nesse contexto, África, sim, poderá, constituir motivos de atracão e alegria para seus filhos distribuídos pelos seus 54 Estados, um dia verá concretizado os pressupostos para os quais estes líderes africanos sonharam: Paz, Desenvolvimento, Solidariedade e a vontade soberana auto-decisão numa África considerada a mais rica de todos os continentes no Mundo.

Hoje, de facto, hoje, só nos resta relembrar a efemeride com as máscaras (de tecidos africanos) que o maligno vírus impôs a cada cidadão São-tomense e de toda África de usar na sua face para evitar danos irreparaveis para Família e para: São Tomé e Príncipe.

Fim/MD

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