Por: Ricardo Neto, jornalista da Agência de Notícias STP-Press

São-Tomé, 01 Abril 2020, ( STP-Press ) – O Presidente da Associação de Medicina Tradicional de São Tomé e Príncipe, Amâncio Valentim congratulou-se hoje com a prorrogação do Estado da Emergência em prevenção ao coronavírus-Covid-19, tendo admitido que País dispõe de “plantas com capacidades medicinais que possam impedir” uma eventual “contaminação” desse vírus.

Em declarações esta manhã à STP-Press, o praticante de medicina tradicional são-tomense, Amâncio Valentim, sublinhou que “ estamos plenamente de acordo com as medidas de prevenção adotadas pelo governo e que devem ser acatadas por todos”.

“Temos de apostar na vertente prevenção” disse Amâncio Valentim admitindo a hipótese do País dispor de “algumas plantas medicinais que possam ajudar a travar a contaminação” do vírus, revelando um estudo empírico realizado há dias, tendo em conta, sobretudo, os sintomas da doença divulgados pelo ministério da Saúde pela OMS e outras instituições oficiais.

Tendo sublinhado o uso metódico de “chás, xaropes e sucos tradicionais” de algumas “folhas, cascas e raízes” medicinais são-tomenses, Valentim citou alguns exemplos como:  Loutrineira  de nome científico “ Erythrina Mulungu”,  o Quime [ a Mansoa Aliácea], bem como a Loza Bilanza [ Mirabilis Jalapa],  alegando “fortes potenciais antivirótica, antibacteriana, capacidade de combate a tose nervosa, bronquite, febre forte, tónico reconstituinte” dentre outras propriedades medicinais.

Em 2009, uma equipa de pesquisadores do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, de Portugal publicou uma lista de plantas medicinais são-tomenses com propriedades anti maláricas tais como o Libô [ struchim sparganophora ], Babosa [ Aloe Humilis], Girasol [ tihoni Diversifolia] entre outras plantas que na altura tinham a equivalência a choroquina muito usada no combate a malária no arquipélago. “E, curiosamente, hoje alguns países estão a aplicar a cloroquina no tratamento do coronavírus”, -argumentou Amâncio Valentim.

Apesar da não existência de qualquer caso suspeito no País, o Presidente da República prorrogou terça-feira ao Estado de Emergência sanitária por mais 15 dias, a pedido do governo na sequência do primeiro decreto de 17 de Março último ao abrigo da autorização concedida pela Assembleia Nacional, face a gravidade da pandemia.

Fim/RN

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