Texto: Ricardo Neto ** Foto: António Amaral“InterMamata”
São-Tomé, 19 Nov ( STP-Press ) – O ministro são-tomense da Agricultura, Francisco Ramos abriu hoje o atelier de formação sobre a “Restauração Florestal e Paisagístico”, tendo declarado “medidas rigorosas e punitivas” contra os autores da “exploração desenfreada, abusiva e anárquica dos recursos florestais” no arquipélago.
“ Temos vindo a assistir a uma exploração desenfreada, abusiva e anárquica dos recursos florestais” disse Francisco Ramos tendo sublinhado que “ para fazer face a esta situação, a nível da direção das Florestas, medidas rigorosas e punitivas estão sendo tomadas contra os infratores, aqueles que abatem sistematicamente as arvores sem a prévia autorização”.
Disse ainda que “ sobre esta problemática o governo tem vindo a desenvolver ações na área da cooperação bilateral com os países amigos da sub-região, no sentido de se encontrar alternativas através da importação de madeira”.
“ É dentro deste contexto que apelo aos beneficiários desta formação que apreendam os ensinamentos que vos irão administrar nestes próximos três dias para que possam ajudar a melhorar a execução das actividades do projecto e de outras iniciativas governamentais e, ou da sociedade civil no sector florestal” – adiantou o ministro Francisco Ramos.
Tendo apelado aos membros desta Plataforma nacional de Restauração Florestal e Paisagista que se apropriem verdadeiramente do projecto para que os resultados preconizados possam ser efectivamente alcançados, Ramos disse que “ a mudança de paradigma e de atitude na gestão florestal e paisagística dependerá da vossa capacidade de reconhecer os problemas existentes e formular via de solução”.
Além de ter declarado que “ a floresta é o garante da vida na terra”, Francisco Ramos sublinhou que “ a sua destruição significa um suicídio colectivo” sustentando que “ o ar que respiramos, a água que bebemos, o alimento que consumimos, deve a existência da floresta”.
Para Francisco Ramos “ a questão da restauração florestal e paisagística não deve resumir-se apenas no plantio das árvores, mas sim, numa abordagem de restauração centrada na paisagem e na funcionalidade dos ecossistemas, visando a criação de riqueza no meio rural e aumento de rendimento nas comunidades agrícolas”.
Enquadrado na iniciativa de restauração envolvendo FAO e a União Europeia, este projecto avaliado em 4.6 milhões de dólares para 5 anos, é financiado pelo Fundo Global para Ambiente.
Fim/RN