Texto: Ricardo Neto *** Foto: Lourenço da Silva
São Tomé, 17 Out ( STP-Press ) – O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe condenou actos de vandalismos quarta-feira nos edifícios da Igreja Universal em São-Tomé, lamentou a morte de um adolescente, anunciou abertura de inquérito para assacar responsabilidades, tendo apelado calma aos são-tomenses e garantia de tranquilidade aos estrangeiros no arquipélago.
Tolerância zero aos actos de vandalismo
“ O governo condena todos os actos de violência e vandalismo e informa que não tolerará mais actos desta natureza” disse Jorge Bom Jesus numa mensagem na noite de quarta-feira face aos actos de vandalismo nas instalações da Igreja Universal Reino de Deus num protesto exigente o repatriamento de um pastor são-tomense preso na Costa do Marfim, tendo resultado na morte de um adolescente numa das manifestações de rua na capital de São-Tomé.
Nada justifica perde de vida humana
“ Quero em meu nome pessoal e em nome do governo expressar as sentidas condolências a família enlutada e assegurar que o necessário inquérito será aberto para apuramento dos factos ocorridos e assacar as responsabilidade” –disse Jorge Bom Jesus, tendo sublinhado que “ nada justifica actos de vandalismo muito menos perca de vida humana”.
Delegação vai sábado a Costa do Marfim
“ Já no próximo sábado, uma delegação multissectorial se deslocará à Costa do Marfim, justamente, por vias diplomáticas buscar solução para este problema” – disse para depois acrescentar que “ temos expectativa que tudo se resolverá, pacificamente, e pela via do diálogo, como é o nosso apanágio, respeitando a soberania dos Estados, os acordos e as convenções internacionais”.
Grupos com intenção de incitar violência
Tendo denunciado a existência de “um grupo de pessoas” que teria aproveitado da situação para “ incentivar a violência e ao vandalismo”, chefe do governo, sublinhou que “ aqueles que se aproveitam da nossa conjuntura e da situação actual para promover a instabilidade política e social não terão sucessos, que Deus abençoe São Tomé e Príncipe”.
Estado laico respeita diversidade religiosa
Além de apelar “ calma aos são-tomenses” e “ palavras de conforto e garantia de tranquilidade” aos “ cidadão estrangeiros que residem entre nós”, Jorge Bom Jesus disse que “ somos um Estado laico que tem na sua génese, a diversidade cultural e religiosa e que ao longo dos tempos, sempre conviveu com diferentes manifestações religiosas num clima de paz, entendimento e tolerância”.
Problemas devem ser revolvidos por diálogo
“Todos devemos contribuir para que os problemas sejam resolvidos na base de diálogo, do entendimento permanente”, disse Bom Jesus, apontando como exemplo “ o recente encontro promovido por sua excelência Presidente da República com patrocínio das Nações Unidas e que envolvem todos os autores políticos e institucionais a volta de um objetivo comum que é paz, justiça, estabilidade e desenvolvimento no nosso País.
Governo, Presidência e Parlamento juntos no caso
Disse ainda que “ o Governo, a Presidência da República, a Assembleia Nacional e outras estruturas do Estado estão seriamente empenhados em encontrar rápida solução para caso do cidadão Uidimilo Veloso, preso na Costa de Marfim”, acrescentado que “ São Tomé e Príncipe é de todos nós, e todos devemos zelar por um clima de paz, entendimento e de estabilidade”
Fim/RN