Por: Jornalista Ramusel Graça em Marrocos para Agência STP-Press
Rabat, Marrocos, 26 Ags (STP-Press) – O ministro da Juventude e Desporto, Vinícius de Pina, reuniu-se com os estudantes em Marrocos, tendo sublinhado que a detenção de um bolseiro são-tomense na região fronteiriça entre Marrocos e Espanha, é um caso “isolado” que não belisca a cooperação entre os dois países.
“Os estudantes deixaram claro de que se tratou de um caso isolado que aconteceu numa região especifica, resultante da fiscalização permanente, contra a emigração ilegal, afirmou Vinícius de Pina, Ministro da Juventude Desporto Empreendedorismo, durante o encontro com uma dezena de estudantes na sua maioria caloiros que iniciaram os seus estudos superiores em Marrocos a 28 de Janeiro último.
O governante criticou a divulgação da informação do caso nas “redes sociais”, que originou criticas marginais, posição igualmente corroborada por Edmilson Pereira, presidente da associação dos estudantes são-tomense em Marrocos.
Licenciado em Direito (2015-2018),estudante finalista de mestrado em comercial internacional, na universidade Mohamed V de Rabta, Edmilson, explicou “Se encontram um grupo aglomerado advertem, fiscalizam, verificam se tem ou não cartão de estudante, isto acontece com todos os estudantes subsarianos até mesmo os estudantes que têm representação diplomática em Marrocos visando o estreitamento das relações bilaterais”.
Edmilson Pereira, reportando a situação do género que acontecera ao seu colega em Tanger (cidade turística), alberga cerca de 50 estudantes uma região turística que dista 14 quilómetros de Espanha.
Propõe, Edmilson, que o governo são-tomense deve diligenciar no sentido pedir, as autoridades marroquinas que uma atenção especial seja dada a comunidade estudantil são-tomense na região de Tanger reconhecendo ele por outro lado, a necessidade de haver em Marrocos uma representação consular do arquipélago lusófono naquele país.
No entanto, segundo Vinícius Pina ” antes da divulgação de qualquer mensagem devemos avaliar o impacto que ela terá dentro e fora do país. Não podemos nos esquecer que estamos num país estrangeiro, em que cada Estado tem a sua norma.
“Temos que nos acautelar quando queremos reivindicar algo que é legítimo. Em muitos dos casos a forma como a fazemos deixamos de ter razão “muitos invocaram o caso racismo será que é racismo?” interrogou quando falava na presença dos estudantes num dos auditórios da Universidade Moulay Ismail de Rabat
“O meu conselho é que todos os estudantes em Marrocos e noutras paragens devem agarrar nas oportunidades que lhes são dadas, porque muitos estão a procura que gostariam estar no vosso lugar”, disse o ministro Vinício de Pina
Informou que por via diplomática os dois Estados se informaram da situação, garantiu Vinicius, tendo sublinhado que “o acaso está ultrapassado e que não belisca as boas relações existentes entre os dois países”.
Disse ainda que “apelo quando haja questões do género que busquem mecanismos apropriados”, tendo sustentado que “porque a rede social é importante para comunicação mas também pode criar incidente diplomático”
Em Marrocos encontra-se em formação superior cerca de 160 estudantes em diferentes universidades, designadamente, nas cidades de Rabat, Kenitra Meknes, Fés Tanger Marrakech e CasaBlanca.
“A situação dos estudantes são-tomenses em Marrocos, não defere dos outros bolseiros noutras paragens de mundo, acrescenta-se o facto de não termos cá uma embaixada” disse Ministro da Juventude Desporto Empreendedorismo, sublinhando que a associação dos estudantes em Marrocos “ tem desempenhado bom papel”.
A cooperação entre São Tomé e Príncipe e Marrocos no setor da educação é de longa data, tendo-se já formado uma largas centenas de quadros são-tomenses, que actualmente labutam no setor público-privado no arquipélago de 200 mil habitantes.
Da parte do governo, os estudantes reclamam os 100 dólares trimestrais que chegam atrasados ao contrário do governo marroquino que cumpre com o prazo estabelecido 150 euros bimensal.
Os bolseiros reclamam ainda sobre a necessidade do governo são-tomense advogar junto ao Reino de Marrocos com vista a encontrar mais acomodação, tendo em conta que o número de bolsa aumentou de 30 para 70 em cada ano lectivo.
Durante o encontro, os estudantes pediram igualmente a concessão de bolsas para os que decidam fazer mestrado e respectiva residência estudantil.
Entretanto, governante enalteceu o papel da associação dos estudantes que tem exercido um relevante papel do principal interlocutor do Estado são-tomense em questões ligadas aos bolseiros do arquipélago em terras marroquinas.
Fim/RG