São-Tomé, 01 Jan. 2025 ( STP-Press ) –  O Presidente da República, Carlos Vila Nova afirmou no seu discurso do fim do ano, que os desafios dos anos anteriores continuam “quase todos sem solução” e pediu uma “governação mais responsável e mais presente”.

“2024 foi um ano difícil, complicado para São Tomé e Príncipe e para a maioria dos são-tomenses. Os desafios que 2023 e os anos anteriores carregavam continuam quase todos eles sem solução também em 2024. Somaram-se aos deste ano e o povo continua a enfrentar dificuldades significativas e a ansiar por dias melhores”, sublinhou Carlos Vila Nova

O Chefe de Estado são-tomense defendeu que “temos de potenciar as oportunidades que emergem do acordo recentemente firmado com FMI para resolver problemas estruturais, fazer crescer a economia e baixar os índices de pobreza “

Carlos Vila Nova acrescentou que “a conjuntura económica do país não conheceu melhorias significativas e os problemas sociais continuam a agravar-se. As violações e os abusos sexuais de menores continuam a registar índices elevados sem que a justiça consiga dar resposta satisfatória ao problema. A emigração desregrada agudiza-se, com todas as consequências disso decorrente, mormente o nível de desestruturação familiar, com crianças e adolescentes sendo abandonadas à sua sorte”.

“Temos de olhar com particular atenção para a juventude. Temos de criar esperança, reter e atrair pessoas” disse para depois sublinhar que “somos um país pequeno e a nossa população diminuta, não podemos, por isso, relaxar perante o êxodo da principal força de trabalho e consequente perda da população”.

Presidente da República adiantou que “o desemprego continua a grassar e os poucos recursos que o país dispõe não são redistribuídos de forma equitativa, penalizando sob maneira as classes mais desfavorecidas”.

O Presidente da República fez apelo parauma governação mais responsável, mais participada ou menos solitária, mas sobretudo mais presente”, sublinhando que “os ingentes problemas com que o país se debate não são compatíveis com uma governação feita muitas vezes à distância, que descura uma visão estratégica, holística e bem delineada das decisões que se impõem a adotar”.

Carlos Vila Nova acrescentou que “por muito bons que sejam os marinheiros, nada justifica que o comandante do barco se arrogue o direito de se ausentar deste durante um lapso temporal que excede metade da jornada”.

O Presidente da República que citou a questão do aumento da taxa aeroportuária, sublinhou que “devemos defender intransigentemente a paz, a segurança e a estabilidade e, na esfera política, como de resto noutras, devemos buscar soluções negociadas dos diferentes que nos opõem, o que nem sempre é possível, mas perfeitamente normal em democracia. O que não é de todo normal, nem tolerável, são atropelos à Constituição e às leis da República e o não regular funcionamento das instituições”

Quanto a questão da elevação de São Tomé e Príncipe para categoria de países de rendimento médio, Carlos Vila Nova disse considera que é simultaneamente o reconhecimento dos esforços nacionais e “uma responsabilidade acrescida”, obrigando a “maior resposta económica interna”, passando “pela diversificação da produção agrícola, melhor aproveitamento do solo e aperfeiçoamento constante das técnicas de produção e diminuição da importação”, e “aposta no setor do turismo”.

“Está ao nosso alcance criar esperança, e este apelo que quero deixar a todos são-tomenses e a todas as instituições públicas do nosso país” disse Carlos Vila Nova, sublinhando que o ano 2025 “tem de ser o nosso ano de renovação da esperança”.

Fim / RN

 

 

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