São Tomé (São Tomé e Príncipe), 29 Nov. 2024 (STP-Press) – O Centro de Aconselhamento contra a Violência Doméstica, CACVD, denunciou nas últimas 72 horas, um aumento de casos de violência doméstica em São Tomé e Príncipe, sendo o sexo feminino o mais prejudicado.

De acordo com a directora do CACVD, Sónia Afonso, neste ano já foram registados no centro mais de 290 motivados por ciumes, alcoolismo e desemprego, dos quais 17 são queixas de homens “o que significa que os mesmos estao a perder a vergonha, ganhando a coragem de fazerem igualmente queixas, o que é bastante bom”.

A directora do CACVD alertou também para um aumento de casos de violência psicológica no arquipélago são-tomense.

“O que nós constatamos geralmente, que pessoas só denunciam quando se trata de agressão física, mas existe também violências patrimonial, psicológica, sexual e outras formas de violência em São Tomé e Príncipe”, acrescentou Sónia Afonso.

Essa responsável denunciou o facto de muitas mulheres sofrerem vários tipos de violência, mas, não fazem as denúncias o que inviabiliza qualquer tipo de intervenção visando aconselhamento e pacificação.

“Porque é preciso entender que neste país diversos lares e casais são destruídos por causa dessas violências, para as quais temos o dever de ajudar a pacificar a fim de encontrar harmonia no seio das famílias”, acrescentou, alertando que “o maior prejudicado com toda esta situação são os filhos”.

As Nações Unidas, recorde-se, celebrou a 25 de Novembro o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, e em São Tomé e Príncipe está em curso uma campanha de activismo de 16 dias que é levada a cabo pelo CACVD que termina a 15 de Dezembro do ano em curso.

A campanha preferencialmente visa sensibilizar crianças de 14 a 16 anos a fim de estas levarem para os pais, tios e tias melhor mudança de comportamento.

A ideia também visa esbater o problema de ignorância e encorajar situações de denúncia ao CACVD.

Fim/MD/LM

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