São Tomé, 13 Jul 2024 ( STP-Press ) – O Presidente da República, Carlos Vila Nova, exortou aos dirigentes políticos a encontrarem consenso sobre “caminhos que devem ser trilhados para que o país saía do fosso em que se encontra e converter em realidade o sonho de desenvolvimento”.
No discurso por ocasião dos 49 anos da Independência Nacional, cujo Acto Central teve lugar na Praça Marcelo da Veiga, na cidade de Santo António, na Região Autónoma do Príncipe, Calos Vila Nova pediu a classe política que “apesar das nossas muitas diferenças, e neste particular, dirijo-me aos actores da cena politica, nomeadamente, os partidos políticos que erigidos em governo vão assumindo os destinos do pais, apesar das nossas diferenças e as críticas sobre a forma de governar, podemos encontrar um consenso sobre caminhos que devem ser trilhados para que o nosso país saía do fosso em que se encontra e que o sonho de desenvolvimento se converta em realidade”.
“É necessário encontrar consenso estratégico e convergir sobre as prioridades e melhor formas de conduzir os destinos do nosso pais e do nosso povo” – sublinhou o Chefe de Estado, acrescentando que “o País precisa de todos nós, do melhor de nós. O País reclama de nós, e da união em torno dos grandes desígnios nacionais”.
“Apesar das dificuldades e para além delas, temos de continuar a acreditar que havemos de descortinar o caminho que conduzirá o nosso país ao desenvolvimento, que tanto ansiamos e que tanto tem sido adiado para a melhoria das condições económicas, habitacionais, sanitárias, educacionais, ambientais e melhor justiça”, referiu o presidente.
O Presidente da República reconheceu que “não estamos onde queremos estar, não o podemos negar; as dificuldades com que temos debatido, retiram visibilidade a ganhos significativos, como a instauração da democracia, a redução significativa das taxas de mortalidade materna e infantil ou o exponencial aumento da taxa de alfabetização, entre outros”.
“É unanime que estamos muito longe de onde queríamos ter chegado”, considerou Vila Nova para defender que “esse lugar onde não estamos, mas que queremos chegar, constrói-se, mas só se constrói com esforço, dedicação, persistência e o contributo de todos sem excepção ou exclusão de qualquer natureza”.
Entre outros excertos do discurso, destacam frases como “os são-tomenses querem e merecem um São Tomé e Príncipe, onde o mérito e a transparência têm valor e onde a prestação de conta na gestão da coisa pública balizem actuação de aqueles a quem é confiada esta gestão, continuamos a lutar pela nossa independência económica que tarda a chegar com todas as consequências que isto acarreta para as nossas populações, sobretudo, para as camadas mais desfavorecidas”.
O Presidente da República reconheceu que “a população são-tomense vive um período que pode ser caracterizado, sem exagero, como um dos mais difíceis para sua existência”, pedindo
Que diante deste circunstancialismo, “as minhas palavras são especialmente dirigidas ao povo, primeiro para expressar o meu profundo apreço pela sua resiliência e pela força demonstrada face à adversidade, tentando sempre superar os obstáculos”, concluiu Carlos Vila Nova.
O discurso do Presidente da República sucedeu o do presidente do Governo Regional, Filipe Nascimento, como anfitrião da cerimónia.
Para Filipe Nascimento, “a unidade nacional não é apenas um ideal, mas a força vital que nos une em tempo de desafios e triunfos”, tendo pedido que “cada um de nós, independentemente da nossa origem ou posição tem um papel fundamental na edificação de um país mais forte e unido”.
“Vamos abraçar as nossas diferenças e transformá-las em forças e oportunidades para crescer e elevar”, frisou o presidente do Governo Regional, sublinhando que “junto como uma nação coesa e resiliente podemos superar qualquer obstáculo e alcançar os níveis mais elevados do progresso. Que cada passo que damos seja um testemunho do nosso compromisso com unidade nacional, e que essa unidade seja a chama que ilumina o caminho para um futuro de paz, estabilidade, justiça, sustentabilidade e prosperidade para São Tomé e Príncipe”, concluiu Filipe Nascimento.
Além das duas intervenções, a cerimónia contou com desfiles de vários grupos culturais e das Forças Armadas, a destacar a presença do Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, e de uma delegação da Rússia, chefiada pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e enviado especial do Presidente Vladimir Putin, Mikhail Bagdanov, membros do Governo, diplomatas estrangeiros e representantes de várias organizações internacionais, personalidades nacionais e estrangeiras e muitos populares.
Fim/RN // MF