São-Tomé, 10 Jul 2024 (STP-Press) – Foi inaugurada na passada sexta-feira (05), a ponte pedonal de mais ou menos 30 metros de comprimento, que agora, “finalmente” vai ligar as comunidades de Morro Peixe e Praia Guêgue, no Distrito de Lobata, antes divididas pelo cruzamento das águas do mar e do rio Olhô.

As obras foram executadas por uma empresa nacional, a partir de modelos de construção, em madeira, usados noutras pontes, existentes no país e localizadas à beira mar, em detrimento de construções em betão e metal, que não deram resultado em várias outras tentativas.

Foi mais uma das obras financiadas pelo Banco Mundial, através do projecto WACA – Programa de Gestão das Áreas Costeiras da África Ocidental, com um custo total de cerca de 250 mil dólares.

A inauguração da infraestrutura contou com a presença do ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais, José Rio, do presidente da autarquia de Lobata, da equipa do Banco Mundial e do projecto WACA e população das duas comunidades e arredores.

Na cerimónia, o ministro José Rio mostrou-se satisfeito com a execução da obra e afirmou, citamos; “é disso que nós precisarmos, servir as pessoas, as populações, e como veem, é uma ponte que une as comunidades de Praia Morro Peixe e Guegue,… esta infraestrutura vem precisamente aliviar a pressão e o desconforto que as duas comunidades e arredores sofriam, sobretudo, na altura das marés-cheias, que representavam um obstáculo sério na travessia de um lado para outro”, sublinhou.

O ministro recordou das várias tentativas de construção da ponte “que falharam”, assinalando que “felizmente estamos aqui com uma ponte robusta, bem-feita, sabemos que no passado tentou-se fazer uma construção que não deu certo, mas hoje temos uma ponte que  pedonal serve perfeitamente os interesses e os objetivos da população desta localidade”.

Por seu turno, o coordenador do projecto WACA, Arlindo Carvalho, recordou as démarches efectuadas para a concretização da obra, a escolha dos materiais, os imprevistos ou obstáculos encontrados.

“Nós tivemos que andar por várias pontes que existem, … fomos à ponte que construíram na zona de Água Izé, vimos que essa ponte estava totalmente destruída devido ao metal usado que com o mar não funciona e visitamos outra em Ribeira Peixe, uma ponte feita de madeira que já estava lá há 30 anos, e vimos que esse modelo seria uma opção”, explicou Arlindo Carvalho.

“A ponte mesmo em betão leva ferro, temos o exemplo de ponte de Lembá, que gastamos milhões e hoje está no chão”, lembrou o coordenador do WACA.

Um morador recordou que uma senhora morreu, arrastada pela água, quando tentava atravessar o estreito, e que numa outra ocasião teve de socorrer uma mulher, em estado de parto, que acabou de dar à luz dentro da canôa, devido a demora de chegar a outra margem por causa do mau tempo do mar.

Fim/JS

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