São-Tomé, 27 Jun 2024 (STP-Press) – O embaixador dos Países Baixos (Holanda), Tsjeard Hoektra, questionado pela imprensa esta quarta-feira (26) sobre o atraso no arranque das obras de requalificação da Marginal 12 de Julho, foi peremptório em responder que “depende da empresa Angolaca, de Angola”
O assunto que tem suscitado diversas reacções, por causa do atraso no arranque das obras, quatro meses depois do lançamento oficial da primeira pedra, levou muitos jornalistas da imprensa estatal e privada a esperarem o diplomata holandês, à saída do encontro esta quarta-feira com a presidente da Assembleia Nacional, Celmira Sacramento, com quem abordou “assuntos de cooperação parlamentar”.
Quando interrogado sobre quando arrancam as obras, o embaixador Tsjeard Hoektra foi peremptório: “depende agora da empresa Angolaca”, avançando que acredita que “as obras devem começar em breve”.
O diplomata holandês descartou qualquer entrave da parte do seu país no desbloqueamento da verba, no quadro do compromisso de financiamento partilhado com a União Europeia.
“Não tem a ver, depende apenas, agora, da Angolaca, e acredito que as obras podem arrancar brevemente”, repetiu o diplomata.
Tsjeard Hoektra sublinhou até que as obras vão ajudar a dinamizar a economia nacional, indicando que podem criar cerca de 200 postos de trabalho, destacando os jovens e mulheres, alvos do desemprego.
“As obras que vão começar vão criar empregos aqui na ilha, prevemos 200 postos de trabalho,… então é muito importante, naturalmente para a economia e também uma oportunidade de emprego para os jovens e mulheres”, disse o embaixador dos Países Baixos.
“É mais importante criar condições aqui na ilha que forneçam um clima de negócios. Espero que no futuro, o país seja capaz de manter os jovens aqui, criando postos suficientes de emprego para eles poderem ficar aqui”, sublinhou.
Além de referir que a execução do projecto da Marginal 12 de Julho trará benefícios para a economia e a juventude santomense, o embaixador Tsjeard Hoektra disse que abordou com a presidente da Assembleia Nacional, entre assuntos de cooperação parlamentar, a problemática dos desafios que se colocam à juventude e às mulheres.
As obras de requalificação da marginal vão ser executadas pelo consórcio liderado por “Aca-Angolaca”, sob a fiscalização do consórcio IRD/NKMOZ, cujo lançamento da primeira pedra foi feito em 12 de Março passado, pelo primeiro-ministro, Patrice Trovoada.
O próprio primeiro-ministro, quando questionado pelos jornalistas sobre o atraso das obras, na recente conferência de imprensa, disse desconhecer as razões, avançando que vai pedir explicações, porque lhe pediram para “lançar pedras e nada aconteceu”.
O projecto é cofinanciado pelo governo dos Países Baixos e pelo Banco Europeu de Investimento em mais de 25 milhões de euros.
Fim/RN,MF