São-Tomé, 23 Mai 2024 (STP-Press) – A Universidade Pública de São Tomé e Príncipe (USTP) comemorou esta quarta-feira (22) o décimo aniversário da sua criação, com diversas actividades enquadradas na semana académica, que decorre desde o dia 20 e que termina a 24, reservando o dia 25 para as celebrações do Dia de África.

Várias individualidades do mundo da educação, artes e cultura, entre professores, académicos, políticos e convidados das universidades estrangeiras, marcaram presença na cerimónia de comemoração dos dez anos da USTP, presidida pelo primeiro-ministro e chefe do Governo, Patrice Trovoada.

Na sua intervenção, entre muitas questões visadas, o primeiro-ministro são-tomense defendeu a criação de uma parceria entre a universidade pública e a comunicação social pública para “maior divulgação e partilha de conhecimentos científicos.”

“Eu chamo também uma maior colaboração entre a universidade e os órgãos da comunicação social públicos para que, de facto, se divulgue todo esse poço de conhecimento, saber e verdade que existe nesta instituição”, afirmou Patrice Trovoada.

O primeiro-ministro argumentou a sua afirmação com a necessidade de se levar ao público o conhecimento, saber, a verdade e o espírito crítico para que, acrescenta “possamos ter uma sociedade mais coesa, mais conhecedora da realidade, dos desafios, dos constrangimentos e uma sociedade no fundo que caminha, embora com dificuldades, de uma maneira engajada, pacífica, resiliente e na concórdia.”

Patrice Trovoada defendeu também a colaboração da universidade pública com a Administração Pública, o Estado e o Governo, considerando ser necessária essa colaboração, na medida em que vai ajudar a sustentabilidade, quer da universidade, quer do próprio governo, “que muitas vezes necessita de assessoria para trocar informações, dados e projectos.”

Além de ter defendido a aposta em novas tecnologias, “de forma a permitir queima de etapas e modernizar os país”, o primeiro-ministro falou da necessidade de se alinhar a oferta de formações à realidade socioeconómica do país, na base de um plano de vida profissional em conexão com a realidade.

Também no seu discurso, a reitora da Universidade de São Tomé e Príncipe, Helga Aguiar, apontou alguma dinâmica em curso, no âmbito do “plano estratégico” para maior protagonismo e visibilidade da instituição.

“Expressamos no nosso plano estratégico, algumas secções que nos têm guiado para criação de um serviço de acção social, melhoria da qualidade de ensino, promoção do ensino centrada no aluno, constituição de novos departamentos, mais participação dos estudantes em actividades de investigação e oferta de cursos mais atractivos para as necessidades do país”, disse a reitora.

Para a reitora da USTP “em tempos de incerteza a nossa universidade não pode estar desvinculada dos problemas reais”. “Não prometemos ser perfeitos, mas trabalharemos com os olhos, não só no futuro não só na universidade, mas, essencialmente, no futuro do país”.

A reitora referiu-se também a “um cenário complexo e repleto de desafios”, que neste momento debate a universidade, mas indicou que “neste sentido somos forçados a mudar para cumprirmos cabalmente a nossa missão.”

Fim/RN

 

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