São Tomé, 23 Mai 2024 (STP-Press) – A Ordem e o Sindicato dos Médicos de São Tomé e Príncipe chamaram esta quinta-feira (23) a Comunicação Social para emitir uma mensagem, na qual consideram “gravíssima” a situação de falta de medicamentos, tanto no principal centro hospitalar, como nos hospitais distritais e centros de saúde.
O bastonário da Ordem, Celso Matos, em comunicado lido a imprensa, disse que a reclamação dos médicos e enfermeiros pela falta de medicamentos, consumíveis, meios técnicos e recursos humanos já vem sendo uma rotina no país, “mas que a actual é gravíssima”.
“Não temos soros apropriados para tratamento da maioria de situações clínicas, nem para realização de cirurgias, nem para cura de feridas”, referiu o bastonário.
“Os antibióticos mais eficazes estão escassos, obrigando a um grau de racionalização inaceitável e perigosa que não garante a cura do doente”, alertou Celso Matos.
O bastonário da Ordem dos Médicos disse ainda que perante a situação “muitos profissionais encontram-se frustrados, indignados e esgotados”, porque “veem a sua conduta profissional posta em causa”, desabafou.
“É importante que tanto a população como as entidades judiciais saibam em que condições estamos a trabalhar para evitar situações de agressão física ou de injusta imputação de responsabilidades para com os médicos”, acrescentou o bastonário.
“Há mais de dois meses que estamos vivenciando uma crise sem procedentes de medicamentos e de meios de diagnósticos laborais que põem em risco a vida de qualquer cidadão, que, de repente, se encontra numa situação de necessidade desses medicamentos”, disse.
O bastonário explicou que a Ordem e o Sindicato dos Médicos já tiveram encontros em separado com a ministra da Saúde, com a Direcção do Hospital e com os delegados de saúde, e que todas estas entidades assumiram que “estamos numa situação de carência de medicamentos”, mas que não houve confirmação de nada, “por razões de dificuldades financeiras”.
O bastonário disse, no entanto, que, do que anunciou o governo, “no próximo dia 10 de Junho deve chegar ao país um lote de medicamentos”, embora haja esperanças de que “pode chegar o mais breve possível”.
Fim/RN