São Tomé, 17 Mai 2024 (STP-Press) – O governo são-tomense está a entabular contactos, junto às autoridades portuguesas de aviação civil e aeroportuárias, e também junto às companhias aéreas que fazem ligação STP/Lisboa e vice-versa, no sentido de permitir que os passageiros, particularmente, nacionais, mas também estrangeiros, possam voltar a transportar produtos nacionais nas suas viagens a Portugal.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Gareth Guadalupe, anunciou esta quinta-feira que o Governo está a trabalhar, em parceria com a companhia STP Airways, de comparticipação estatal, para que “os passageiros possam voltar a viajar normalmente com os produtos nacionais nas suas bagagens para Portugal”.
Gareth Guadalupe reuniu-se com a directora-geral da STP Airways, e no final do encontro disse que “o regresso à normalidade vai passar por adopção de algumas medidas de fiscalização, bem como uma campanha de sensibilização para mudança de comportamento de passageiros nacionais que viajam para Portugal”.
Entre as medidas estão a criação de um serviço de embalagem no Aeroporto Internacional Nuno Xavier e a fiscalização de bagagens, envolvendo os serviços da Policia Fiscal Aduaneira, Alfândegas, CIAT, Direcção da Pecuária e a ENASA.
O ministro bateu na necessidade de “sensibilizar as pessoas” para mudanças de determinados comportamentos, porque disse “cada comportamento de cada um nós pode estar a prejudicar todo o resto de pessoas. Deixar a bagagem abandonada no aeroporto já é grave, mas deixar com produtos perecíveis é um problema ainda maior”, referiu o ministro.
O ministro não entrou em pormenores das causas que levaram as duas companhias aéreas que operam ST/Lisboa e as autoridades aeroportuárias de Lisboa a suspenderem o transporte de produtos nacionais nos voos para a capital portuguesa.
Segundo ao que a STP Press soube junto de uma fonte que preferiu o anonimato, na origem da decisão poderão estar “o mau comportamento de determinados passageiros no transporte de mercadorias, a forma de transporte, embalagem, o estado e a qualidade dos produtos, o desembarque, entre outros motivos”.
Gareth Guadalupe não anunciou para quando o “retomar da normalidade”, mas avançou que “semanalmente, nós vamos avaliar o comportamento dos nossos passageiros, nós não queremos que as pessoas sejam prejudicadas, digo nós – porque o Estado, o Governo e a própria STP Airways não estão interessados que está situação continue, porque naturalmente poderá vir a diminuir o volume da venda da companhia”.
Fim/RN-MF