São Tomé, 15 Mai 2024 (STP-Press) – O primeiro-ministro, Patrice Trovoada, afirmou esta terça-feira que  “a relação com Portugal está boa” apesar de algumas preocupações levantadas face ao acordo militar assinado em Abril último entre São Tomé e Príncipe e a Rússia.

Patrice Trovoada fez esta afirmação quando interrogado pela imprensa no final da mesa redonda de parceiros e doadores, em presença de uma delegação da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas, que visava angariar fundos para reforma da justiça e segurança.

Questionado sobre a preocupação levantada por Portugal por causa do acordo militar com a Rússia, o primeiro-ministro disse “a relação com Portugal está boa”.

Patrice Trovoada acrescentou que “eu acho que estamos todos tranquilos e tranquilizados. A relação está boa e o que é preciso, … há um novo governo em Portugal, é preciso nos frequentarmos e é o que vamos tentar fazer nas próximas semanas”.

Quanto aos resultados da mesa redonda, o primeiro-ministro são-tomense explicou que além da disponibilidade manifestada pelas Nações Unidas de “apoiarem com 2,5 milhões de dólares”, o país precisa de um total de pouco mais de 5 milhões de dólares para realização do projecto da Reforma da Justiça e Segurança.

“Estamos a falar de 2,5 milhões de dólares, mas o país precisa de muito apoio nesses sectores, não é só aspectos ligados à legislação, à formação, mas aspectos também ligados aos equipamentos, às infraestruturas, etc”.

“Todas essas coisas estão contabilizadas, mas é evidente mobilizar mais recursos, não se sabe, mas, eu diria talvez, mais de cinco milhões de dólares no total”, concluiu.

Para o primeiro-ministro o fundamental é que “a justiça funciona para evitar determinada situação que tem a ver com a reacção ou repressão”.

“É preciso também ver o sector da segurança, a polícia e a defesa nacional que seja também objecto de reforma, reforma também em termos de textos, reforma em termos de formação, reforma em termos de equipamentos”, referiu o primeiro-ministro.

Patrice Trovoada espera que realizada a mesa redonda, os parceiros consultem os seus países, apresentem “as nossas necessidades e depois veremos qual engajamento podemos ter nos próximos tempos”.

Fim/RN

 

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