São-Tomé, 06 Mai 2024 (STP-Press) – O primeiro-ministro, Patrice Trovoada, defendeu este sábado (04) um novo modelo para a comunicação social são-tomense, que permita a melhoria de atendimento à classe e ao exercício da profissão, em resposta ao balanço das actividades do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, assinalado no dia 03 (sexta-feira).
Em São Tomé e Príncipe, o dia foi marcado com o acto central, organizado conjuntamente pelo Conselho Superior de Imprensa, o Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social e a Associação dos Jornalistas são-tomenses.
No acto central, o que mais se ouviu foram as criticas dirigidas à classe politica, a quem os jornalistas acusam pelo “mau estado” da classe jornalistica, não só em termos da qualidade do serviço, como da falta de condições de trabalho para o exercicio da actividade, e igualmente de “influenciar politica e governativa a liberdade de imprensa em São Tomé e Príncipe”.
Confrontado com essas declarações, o primeiro-ministro são-tomense, que regressava de um périplo a Cabo-Verde, Grécia e Quénia, numa tripla missão que considerou de positiva, referiu que “em todos os sectores, … sabe, o país tem várias dificuldades, e temos que reconhecer que a comunicação social é um sector público, é um sector que também tem as suas dificuldades”.
Patrice Trovoada referiu-se também à formação e à transformação tecnológica do analógico para o digital e ao modelo de gestão, “que se quer melhor”, para os órgãos estatais da comunicação social.
“Nós, já há algum tempo estamos a defender outro modelo para a Rádio e Televisão nacionais, e estamos também a trabalhar nalguma disciplina”, e quanto à taxa audiovisual “para que ela possa de facto ser revertida na totalidade para os órgãos da comunicação social”, disse o primeiro-ministro.
“Estamos a ver se vamos para empresa,… se vamos para uma situação intermédia para que de facto o parente pobre que é a comunicação social estatal possa ser um pouco mais bem atendida”, adiantou.
Patrice Trovoada também se pronunciou em relação ao concurso dos magistrados judiciais, dizendo que “é uma questão de arrumação interna dos próprios tribunais, desde que se organizam os concursos dentro da aquilo que é a norma”. “O governo, já disse, eu não quero me comprometer, mas a sensação que nós temos, é que, pelo menos, vamos precisar de mais vinte magistrados”.
“Para não pensar que há uma interferência do governo, a única coisa que o governo disse é que se faça concurso e que se abrem vagas, muitas vagas, o quer dizer que do lado do governo vai haver um esforço orçamental para poder acolher mais magistrados”, adiantou.
Quanto à sua deslocação ao estrangeiro, o primeiro-ministro disse que durante a missão “tivemos vários encontros com o Banco Mundial, o FMI, quer ao meu nível quer a nível do ministro das Finanças, e encontros bilaterais também com alguns parceiros… por isso, o balanço é positivo”.
Fim/MF/RN