São Tomé, 01 Mai  2024 (STP-Press ) – Líderes das Centrais Sindicais defendem a instituição de um juízo de trabalho para resolução de conflitos laborais e denunciam a falta de vontade das autoridades para que o país tenha um verdadeiro Ministério do Trabalho.

Posição defendida pelo secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores, Costa Carlos, e pelo secretário-geral da Organização Nacional dos Trabalhadores, João Tavares, que estiveram frente-a-frente numa mesa redonda organizada pela Rádio Nacional, por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador, que se assinala, hoje, 1 de Maio.

Costa Carlos explica que “quando digo um verdeiro ministério de trabalho é no sentido de o ministério do trabalho ter condições que devia ter para exercer o seu verdadeiro papel”, dando exemplos “de uma inspeção que nem sequer tem uma viatura para fazer inspeção, ora porque não tem impressora, ora porque não tem computador, ora porque não tem tinteiro…”

“Eu não sei até que ponto as autoridades governamentais têm um ministério de trabalho para fazer o quê”- questionou o secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores.

Já o secretário-geral da Organização Nacional dos Trabalhadores, João Tavares, é de opinião que “se um dia um governo decidir criar um juízo de trabalho para se ocupar do problema dos trabalhadores, naturalmente, haverá recursos, … mas como não lhes interessa, – então o trabalhador fica aí  na retaguarda, sofrendo com processos, muitos há mais de 10 anos”.

“Não tirando tarefa de cada um, crie-se um juízo de trabalho para se ocupar dos problemas de conflito de trabalho”, sustentou João Tavares.

Os dois sindicalistas esclarecem que não estão a pedir para se criar um Tribunal de Trabalho como tal, mas, “pelo menos um juízo, onde os juízes e procuradores, … as pessoas que trabalham nesta matéria teriam que ter uma especialização, … porque não é toda gente que trabalha com assuntos laborais”.

No debate também estiveram os juristas das Centrais Sindicais e do Ministério do Trabalho e Solidariedade, com muitas criticas à posição do Governo, relativamente às recentes greves dos professores e dos trabalhadores da Agripalma.

E por ocasião do Dia Internacional dos Trabalhadores, o Ministério do Trabalho e Solidariedade, em parceria com empresas estatais e privadas, organizou uma Feira de Emprego e Formação Profissional, que está aberta ao público até sexta-feira na Praça Yon Gato.

O objectivo é expôr as oportunidades e ofertas de emprego e formação de cada empresa.

Também esta manhã, as Centrais Sindicais organizaram uma marcha pela cidade de São Tomé, exigindo melhorias de condições de vida e de trabalho, em alusão ao Dia do Trabalhador.

Fim/RN

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