São-Tomé, 26 Abr 2024 (STP-Press) – O antigo ministro das Infraestruturas Recursos Naturais e Ambiente, do XVII Governo Constitucional, o engº. Osvaldo Abreu, lançou ontem o livro “Petróleo em São Tomé e Príncipe”
Segundo o autor, trata-se de um livro bastante elucidativo, resultante de uma investigação bastante profunda e “academicamente aceite”, que dá conta das “expectativas muito pouco sustentáveis da existência de petróleo em dimensão enorme no país”.
Osvaldo Abreu diz que o país transformou-se de um dia para outro, precisamente, a partir de 1997, em que “nós ficamos mais conhecidos, ficamos muitos abertos ao mundo, os investidores chegaram, novas empresas, novas formas de fazer economia com a notícia do petróleo”.
“O nosso país sempre tinha dificuldades em angariar receitas, mas, assim de nada, em 1998, tivemos no nosso cofre quatro milhões de dólares que vieram de empresas petrolíferas,… . passado algum tempo, recebemos quase 50 milhões de dólares do 1º leilão de petróleo na Nigéria… esses cálculos mexeram com todas as pessoas”, referiu Osvaldo Abreu.
Quanto ao destino ou à gestão que deveriam ser dadas às receitas petrolíferas, o ex-ministro das Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente é de opinião que “as receitas resultantes do processo petrolífero, e que não têm sido poucas, têm sido, inclusive, auditadas, colocadas â disposição da população; a educação e habitação, por exemplo, … o nosso orçamento é alimentado, apesar de pouco, pelas receitas petrolíferas”. Abreu diz que “o que temos de fazer, talvez, é mudarmos a forma como lidar com esse sector”.
A apresentação do livro foi feita por Joaquim Rafael Branco, que ocupou várias pastas governamentais no país, inclusive, a do primeiro-ministro, e por Acácio Elba Bonfim, economista.
Fim/RN