São Tomé, 18 Abr 2024 ( STP-Press ) – A edição de terça-feira (16) do site Business Insider Africa aponta São Tomé e Príncipe como um dos dez países africanos com Governos Mais Fortes, com uma pontuação de índice de fragilidade de 69.7%, numa lista liderada pelas ilhas Maurícias e que coloca Cabo verde em quarta posição, sendo os dois paises lusofonos a integrar a lista dos 10.

O artigo refere que os efeitos prejudiciais das administrações centrais fracas nos países africanos são numerosos, afectando todas as partes da sociedade, desde o progresso económico à estabilidade política e ao bem-estar social. Como resultado, os governos devem traçar a linha tênue entre estabelecer o controle e ganhar a confiança do seu povo. Infelizmente, esta é uma questão com a qual os países africanos têm lutado. No entanto, alguns países do continente podem orgulhar-se de ter um governo central forte.

Em todo o continente africano, a força e a estabilidade dos governos centrais variam amplamente. Enquanto algumas nações ostentam estruturas de governação robustas e eficazes, outras enfrentam instabilidade, corrupção e falta de autoridade.

Este facto é realçado pelas estatísticas fornecidas através do Índice de Estados Frágeis (FSI). Este índice, que classifica 178 países com base nas diferentes pressões que enfrentam e que afectam os seus níveis de fragilidade, mostra que, embora vários países africanos enfrentem os efeitos de ter um governo central fraco, alguns prosperam neste aspecto.

O Índice que mede a fraqueza dos governos centrais é construído usando a técnica analítica exclusiva da Ferramenta do Sistema de Avaliação de Conflitos (CAST) do Fundo para a Paz. Dado que este índice de lista classifica os governos centrais mais fracos, quanto mais baixo for o índice de um país, mais forte é o seu governo.

O quadro CAST, que ainda é frequentemente utilizado por decisores políticos, profissionais no terreno e redes comunitárias locais, foi criado inicialmente para testar esta vulnerabilidade e avaliar como pode afectar as iniciativas no terreno.

Para avaliar a situação atual de um estado, são utilizados doze indicadores de risco de conflito, que incluem; aparato de segurança, elites faccionadas, queixas de grupo, declínio económico, desenvolvimento económico desigual, fuga humana e fuga de cérebros, legitimidade do Estado, serviços públicos, direitos humanos e Estado de direito, pressões demográficas, refugiados e deslocados internos, e intervenção externa.

O grafico a seguir compara o indice de fragilidade e o de classificação global de fragilidade.

 

Classificação País Índice de fragilidade Classificação global de fragilidade
1. Maurício 38,0 154º
2. Seicheles 53,3 128º
3. Botsuana 55,3 122º
4. Cabo Verde 60,1 114º
5. Namíbia 60,3 112º
6. Gana 62,3 107º
7. Gabão 65,5 99º
8. Tunísia 66,4 96º
9. Marrocos 68,2 90º
10. São Tomé e Príncipe 69,7 86º

 

Fim/BIA/STP Press

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