São-Tomé, 10 Abr 2024 ( STP-Press ) – O secretário executivo da CPLP Zacarias Costa disse esta terça-feira na capital são-tomense, que quer avaliar com o Governo de Portugal os primeiros meses de implementação do acordo de mobilidade.
Zacarias da Costa fez estas declarações na sequência de questões levantadas pela imprensa à margem da 18ª Conferência dos Ministros da Justiça da CPLP, terça-feira na capital são-tomense.
Questionado sobre a visão da CPLP quanto ao aumento do fluxo migratório de cidadãos dos países africanos da comunidade Lusófona, maioritariamente para Portugal, Zacarias da Costa disse que o secretariado e os embaixadores junto a CPLP estavam a analisar a situação com o antigo Governo português, por isso espera continuar o processo.
“Nós agora temos um novo Governo [em Portugal] e estamos a aguardar que possamos ter também essa oportunidade de avaliarmos conjuntamente aquilo que foram os primeiro meses da implementação do acordo de mobilidade, olhar para os desafios que tivemos, alguns constrangimentos e naturalmente procuramos juntos com o Governo de Portugal soluções para obviar e também acelerar essa mobilidade dos cidadãos”, – acrescentou Zacarias da Costa.
Questionado sobre as informações segundo as quais os vistos da CPLP conferidos por Portugal aos cidadãos da CPLP vão caducar em junho, o secretário executivo disse que não recebeu a informação oficial por parte do Governo português.
“Essa informação surgiu de facto na comunicação social quando o anterior Governo já estava em gestão, portanto eu não posso aqui confirmar essas notícias “ disse Zacarias Costa, sublinhando que “mas, quero mais uma vez reiterar a nossa vontade firme de trabalhar com as autoridades portuguesas para que um acordo que também foi assinado por Portugal, que foi logo o primeiro país a adaptar a sua legislação interna, para que tudo se possa cumprir dentro da normalidade de funcionamento”.
Zacarias da Costa admitiu que “certamente muitos cidadãos da CPLP procuram mais Portugal”, referindo que é importante observar que agora Portugal “também atravessa uma fase que novas instituições estão instituídas”.
“Importa garantir que os nossos cidadãos possam circular com segurança, sobretudo nos seus documentos para que possam olhar para os seus sonhos e as suas perspetivas serem melhores num futuro muito próximo”, sublinhou.
Fim/RN