São Tomé, 19 Marc 2024 ( STP-Press ) – O Presidente da República, Carlos Vila Nova pediu, esta terça-feira, medidas exemplares para combater  crime de abuso sexual, face aos índices que tendem aumentar, traumatizando, sobretudo, crianças e adolescentes.

A preocupação de Chefe de Estado são-tomense foi levantada no final de uma conferência que debateu o abuso sexual nas perspetivas social e jurídica, juntando representantes de organizações da sociedade civil e proteção social, bem como de órgãos jurisdicionais, nomeadamente os tribunais, Ministério Público, Polícia Judiciária e Polícia Nacional.

Na sua intervenção, Carlos Vila Nova sublinhou que “se nós não tivermos casos exemplares para combater essa prática, nós estaremos a oficializar a cultura deste ato, seria o pior de tudo que nos pudesse acontecer. Não podemos permitir que as pessoas pensem que isto é cultural. Não é cultural, não pode acontecer”.

“Fiz todo o possível de acompanhar o máximo” disse Carlos Vila Nova, sublinhando que “o nível do que eu assisti deixa-me muito satisfeito”.

Para Carlos Vila Nova é “um fenómeno deveras preocupante” e representa para São Tomé e Príncipe há algum tempo a esta parte “um fenómeno verdadeiramente alarmante pelos índices cada vez mais altos que o país vem registando”.

“Uma criança abusada tem o seu desenvolvimento gravemente comprometido como pessoa”, pois além da lesão física “também se reflete traumaticamente na sua vida, afetando diretamente a sua alegria, a sua segurança, a sua capacidade de interagir com os outros, a sua educação, bem como na possibilidade de ser um adulto feliz”, – acrescentou Carlos Vila Nova.

Para o Presidente Carlos Vila Nova “um abuso destrói a inocência de uma criança, os seus sonhos e crenças nas pessoas, deixando-a despedaçada por dentro e contribui para o sofrimento e frustração no seio da família”.

Carlos Vila Nova aproveitou para apelar à “reflexão mais ampla e profunda” sobre as causas do fenómeno e o que tem de ser feito para o debelar face à sua transversalidade aos vários setores da sociedade.

Fim/RN

 

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