São-Tomé, 02 Marc 2024 ( STP-Press ) – O Governo reafirmou esta sexta-feira, 01, que não fará aumento do salário para nenhum setor da função pública em 2024 por causa de compromissos com FMI, e sublinha que “o país não reúne condições” para atender o pedido de aumento salarial dos professores.

A posição do Governo foi reafirmada numa entrevista conjunta dada pelo ministro das Finanças, Genésio da Mata e pela ministra da Educação, Isabel de Abreu reagindo a greve dos professores exigindo aumento de salario base para 10 mil dobras.

Na sua intervenção, o ministro das Finanças, Ginésio da Mata sublinhou que “não há aumento salarial para ninguém no ano económico 2024, isso foi dito desde novembro de 2023”.

 “Se o Governo não atende ao pedido que é feito não é porque não tem vontade de o fazer, mas é porque o país não reúne condições para o fazer” – sustentou Ginésio da Mata.

O ministro das Finanças reafirmou que o Orçamento de 2024 já tem a dotação para o pagamento pela primeira vez do subsídio de férias e o subsídio de natal ou décimo terceiro mês a todos os funcionários públicos.

Quanto aos professores, Ginésio da Mata assegurou que o Governo vai iniciar este ano a regularização das promoções de carreia docente que estava congelada desde 2013, por isso não é possível “no mesmo exercício económico” fazer a “atualização do salário e muito menos ainda na proporção que está a sendo exigida”.

Na sua intervenção, a ministra da Educação, Isabel de Abreu considerou que a reivindicação dos professores “teve um tratamento imediato”, assegurando que dos 22 pontos do caderno reivindicativo apresentado em princípio de dezembro, 17 foram resolvidos porque o Ministério já tinha uma organização para o efeito, incluindo a construção e melhoria de infraestruturas e promoção dos professores que estão há 15 anos no sistema.

Isabel de Abreu explicou que não havendo possibilidade de aumento do salário o Governo admitiu vários aumentos e novos subsídios, nomeadamente de deslocação, isolamento e aumento pagamento das horas letivas, principalmente aos professores do ensino básico, mas os representantes da intersindical não aceitaram.

De acordo com a ministra por causa da greve cerca de 80.843 crianças poderão ficam em casa, sem data de regressar as aulas, o que será um constrangimento também os país e encarregados de educação.

Esta entrevista conjunta segue-se as declarações há dias do Primeiro-Ministro, reagindo na altura a pré-aviso desta greve, sublinhando, na altura que “um aumento de salário de 10 mil Dobras não me parece algo que hoje seja possível. Eu espero que as pessoas, realmente, vão para coisas que sejam possíveis, ou então que me apresentem soluções alternativas”.

Fim/RN

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