São-Tomé, 13 Fev. 2024 ( STP-Press ) – O Primeiro-ministro, Patrice Trovoada declarou há dias no Parlamento que o governo são-tomense “está a fazer tudo para chegar a um acordo com FMI, mas não a qualquer preço”.
No final do debate e aprovação parlamentar do OGE-2024, Primeiro-ministro, Patrice Trovoada disse que “tomamos nota da questão do acordo com FMI”, sublinhando que “havemos, sim, que fazer tudo e trabalhar para chegarmos a um acordo com FMI, mas não a qualquer preço”.
“Nós encontraremos uma solução, como eu, digo, estamos a trabalhar com FMI para encontrarmos essa solução, mas não a qualquer preço, porque ao fim ao cabo, não foi FMI que votou para nós. É o povo que votou para nós e, nós temos que olhar para este povo” – disse o chefe do governo são-tomense.
Patrice Trovoada sublinhou que “daí que espero que acordo ou não acordo com FMI não seja matéria de debate político, mas que seja, mais uma vez um debate sobre aquilo que nós podemos fazer para resolver o problema do país com FMI com todos os parceiros, desde que servi os interesses do nosso povo”.
Tendo afirmado que “o país tem problema de curto prazo, tem problema de médio prazo e tem problema de longo prazo” Patrice Trovoada considera que “o curto prazo não pode matar o médio prazo”, sublinhando que “nós devemos estar de acordo e devemos encontrar os maiores consensos possíveis sobre longo prazo”.
“Mas, devemos ter muito cuidado para que as medidas impostas pelo estrangeiro, pelos parceiros não chegam ao ponto de quebrar a coesão social, porque, uma vez a coesão quebrada não são eles que vão vir consertar, somos nós”, – acrescentou Trovoada.
Primeiro-ministro considera que “o FMI é FMI e nós somos nós, aquilo que FMI apresenta de bom para o País, nós pegamos, aplicamos. Aquilo que FMI apresenta e nos parece muito penoso para o nosso pai, nós dissemos não e apresentamos alternativa”.
“Porque FMI está com muitos países e, países diversos. Argentina por exemplo é um país diverso. E, outros países que não vou citar são diversos. Muitas vezes com rácio de governação e corrupção muito pior que o nosso, mas, beneficiam muitas vezes de mais apoio e compreensão que nós próprios”, argumentou Trovoada.
O chefe do governo concluiu que “daí é que nós somos um país e, nós não temos vários países. Nós só temos São Tomé e Príncipe.
Fim/RN