São-Tomé, 15 Dez. 2023 ( STP-Press ) – O Presidente de São Tomé e Príncipe, que preside atualmente à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, admitiu esta quinta-feira em Lisboa, Portugal, a possibilidade de a organização enviar uma delegação à Guiné-Bissau, para “ajudar” a resolver a crise naquele estado-membro.
O Presidente em exercício da CPLP visitou esta quinta-feira, pela primeira vez, desde que assumiu aquele cargo, a sede da organização em Lisboa, onde foi recebido em sessão solene pelo secretário executivo, Zacarias da Costa, e pelos representantes permanentes dos Estados-Membros junto da organização.
Questionado pela imprensa português sobre a possibilidade do envio de uma delegação da CPLP à Guiné-Bissau, Carlos Manuel Vila Nova respondeu: “Nós continuaremos a trabalhar e, se chegarmos à conclusão que esta [envio da delegação] é uma forma de ajudar a resolver mais rapidamente o problema, optaremos por ela”.
“Mas também pode ser que, perante a evolução dos acontecimentos e a nossa análise, poderemos optar por uma outra solução”, acrescentou.
A presidência em exercício da CPLP já tinha apelado ao “respeito pelos princípios do Estado de direito democrático e da separação de poderes” na Guiné-Bissau.
Num comunicado emitido recentemente, pelo gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades de São Tomé, Gareth Guadalupe referiu “acompanhar com preocupação os recentes acontecimento na Guiné-Bissau, envolvendo as forças de defesa e segurança daquele Estado-membro”.
Quando questionado sobre se receava que a crise política da Guiné-Bissau pudesse prolongar-se de tal forma que invalidasse a assunção pelo país da próxima presidência da CPLP, como previsto, o Presidente de São Tomé limitou-se a responder: “falta muito tempo, ainda temos muito tempo. Ainda agora quase iniciamos os nossos dois anos” de mandato.
São Tomé e Príncipe assumiu a Presidência rotativa da CPLP na XIV Conferência de Chefes de Estado e de Governo, em agosto de 2023. Nesta cimeira ficou também decidido que a Guiné-Bissau seria o próximo país a assumir a presidência da CPLP.
Fim/STP-Press/RN