Artigo de opinião de Hu Bin, encarregado de Negócios da Missão Diplomática Chinesa sobre a comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. 

 São Tomé, 13 Out. 2023 ( STP-Press ) – Este ano marca o 10º aniversário da Comunidade com Futuro Compartilhado para a Humanidade, conceito este formulado pelo presidente chinês, Xi Jinping, em resposta a perguntas que se colocam a todos, tais como: “O que se passa no mundo? Como reagirmos?”. O conceito é um plano que a China oferece ao mundo, através do qual pretende reunir maior consenso para a cooperação internacional face a um mundo repleto de mudanças e turbulências.

Nos últimos 10 anos, o conceito tem sido enriquecido. O presidente Xi Jinping o tem exposto e defendido em várias ocasiões internacionais, formulando assim um sistema teórico do conceito, que tem como objectivo geral a construção de um mundo de paz duradoura, segurança universal, prosperidade comum, abertura e inclusivo para um mundo limpo e belo, que segue os valores comuns da humanidade, que tem como rota um novo tipo de Relações Internacionais, baseada numa Iniciativa de Desenvolvimento Global, Iniciativa para Segurança Global e Iniciativa para Civilização Global.

Nos últimos 10 anos, o conceito tem alcançado resultados frutíferos. A China formou junto com dezenas de países e regiões as Comunidades com Futuro Compartilhado em diferentes formas. A Iniciativa para Desenvolvimento Global e a Iniciativa para Segurança Global foram apoiadas por mais de 100 países, enquanto a Iniciativa para Civilização Global foi aplaudida por vários países logo após o seu lançamento. Também foi apresentada uma série de iniciativas, como construir uma Comunidade Global de Saúde para todos e uma Comunidade de Harmonia entre os Seres Humanos e a Natureza. O conceito de construir uma Comunidade com Futuro Compartilhado para a Humanidade foi inscrito nas resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas em seis anos consecutivos.

Nos últimos 10 anos, o conceito tem reunido um consenso internacional cada vez mais amplo. Um número crescente de países e povos reconhecem que a hegemonia, a política de poder e outras mentalidades e teorias antiquadas já não se enquadram com o mundo de hoje, enquanto o conceito de construir uma Comunidade com Futuro Compartilhado para a Humanidade é exactamente o que devemos seguir e escolher se quisermos nos adaptar à evolução do mundo, que preconiza a paz e o desenvolvimento em vez do conflito e confrontação, a segurança comum em vez da segurança absoluta, os ganhos compartilhados em vez do jogo de soma zero, o intercâmbio e aprendizagem mútua para prevenir conflitos entre civilizações e o desenvolvimento ecológico para cuidar do nosso planeta.

Uma viagem de mil quilómetros começa com o primeiro passo. Nos últimos 10 anos, a China tem contribuído com determinação firme e acções concretas para a construção da Comunidade com Futuro Compartilhado para a Humanidade. Faz 10 anos que a formulação da Iniciativa – Cinturão e Rota, plataforma fundamental da prática desse conceito, obteve o apoio de 3/4 dos países do mundo, incluindo São Tomé e Príncipe, atraiu o investimento no valor de cerca de um trilhão de dólares americanos e ajudou a criar 420 mil empregos nos países parceiros, livrou da pobreza cerca de 40 milhões de pessoas e aumentou em 3,6 pontos percentuais a participação das economias emergentes e em desenvolvimento no PIB global.

Entre os dias 17 e 18 do outubro, será realizado o 3º Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional na China, ocasião em que o país está disposto a trabalhar com todos os parceiros, incluindo São Tomé e Príncipe, para abordar o desenvolvimento com base nos princípios de consulta extensiva, construção conjunta e benefício para todos.

Os povos chinês e africanos estabeleceram amizade profunda na procura da independência nacional e do desenvolvimento. As relações sino-africanas é uma evidência vívida que demonstra o conceito de construir a Comunidade com Futuro Compartilhado para a Humanidade. Como irmão e amigo de longa data da China, São Tomé e Príncipe estabeleceu as relações diplomáticas com a China no mesmo dia da sua independência.

A partir daí, o povo chinês, mesmo com extrema carência naquela época, tem prestado apoio ao povo santomense. Desde o restabelecimento das relações diplomáticas, os dois países têm pondo em prática esse conceito na cooperação, no sentido de dar firme apoio aos caminhos da modernização, escolhidos pelos seus respectivos povos, apoiando-se mutuamente nos temas de interesses fundamentais e de grandes preocupações, defendendo juntos o princípio de Uma Só China e fortalecendo a cooperação nos sectores fundamentais, como infraestrutura, saúde, agricultura, energia e formação pessoal.

As equipas técnicas chinesas, que lançaram o projecto piloto de combate à pobreza na comunidade de Caldeiras, implementaram a nova estratégia contra o paludismo e garantiram o bom funcionamento da energia e telecomunicação durante a Cimeira da CPLP e ofereceram consultas gratuitas semanais, desempenhando um papel importante no aumento da capacidade de desenvolvimento autónomo e da melhoria da vida do povo santomense. São eles que interpretam os valores defendidos por esse conceito, como respeito mútuo, cooperação de ganhos compartilhados e desenvolvimento comum.

“Se quiser ir rápido, vá sozinho; se quiser ir longe, vá em grupo.” A China está disposta, de mãos dadas com os amigos santomenses, a aprofundar a amizade e a cooperação entre os dois países no quadro da Iniciativa Cinturão e Rota, seguindo as orientações da Iniciativa para o Desenvolvimento Global, Iniciativa para a Segurança Global e Iniciativa para a Civilização Global. Vamos construir juntos a comunidade com o futuro compartilhado para a humanidade com acções práticas, contribuindo para um futuro mais brilhante para a humanidade.

Fim/HB

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