São-Tomé, 27 Jul 2023 (STP-Press) – O Instituto Nacional de Estatística acaba de anunciar que a taxa de inflação acumulada em Junho foi de 8.8 % e que a taxa de variação mensal no mesmo período foi de 3,6%, representando um valor superior em 1.6 pontos percentuais ao observado no mês de Maio.  

A taxa de variação homóloga em Junho foi de 25.3% contra os 16.7% verificados no mesmo período do ano anterior. 

Os produtos alimentares e as bebidas não alcoólicas representaram um aumento de 3.4% no mês de Junho, comparativamente ao mês anterior, sendo que os produtos alimentares na ordem dos 3.3% e as bebidas não alcoólicas 10.9%.

O aumento de 3.4% deveu-se, essencialmente, segundo o INE, à subida de preço de gorduras alimentares (+8.7%); cereais, pão e outros produtos à base de cereais (+7.2%); açúcar, mel, melaço, doces, chocolates e produtos de confeitaria (+6.7%); leite, produtos lácteos e ovos, bebidas substitutas de leite (+5.9%); carnes e produtos à base de carne (5.2%) e vegetais, tubérculos e leguminosas (2.1%).

Relativamente a bebidas não alcoólicas registou-se um aumento de consumo de 10% em relação ao mês precedente, impulsionado pelo consumo de água mineral e água de nascente, refrigerantes, sumos e néctares em 16.5% e do café, chá, cacau em pó e similares na ordem de 1.7%.

As bebidas alcoólicas, tabaco e narcóticos, o INE refere a um acréscimo na ordem de 14.8% em relação ao mês anterior, sendo que as bebidas alcoólicas tiveram uma variação percentual de 14.9% e o tabaco 4.3%.

O aumento do consumo de tabaco é estimulado pela variante de “cigarros com filtro”, enquanto que o aumento de preço de bebidas alcoólicas deve-se, principalmente, ao aumento de preço da cerveja Rosema (20%), cerveja branca em garrafa de 0,33 cl (14,2%), vinho tinto em garrafa (13,5%) e vinho branco em garrafa (11.2%).

Os dados do Instituto Nacional de Estatística atribuem “a culpa” ao aumento do índice de preço do consumidor no mês de Junho e o respectivo aumento da taxa de inflação acumulada de 8.8% a dois factores essenciais, nomeadamente, à ruptura de stocks de muitos produtos alimentares e de uso pessoal e doméstico e a especulação originada, e a introdução do IVA, em Junho, que muitos estabelecimentos comerciais “aproveitaram” para praticar preços que lhes convinham.   

Fim/MF,RN 

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