São-Tomé, 18 Jul 2023 (STP-Press) – O vice-chefe do Estado Maior das Forças Armadas, o capitão de Mar e Guerra Armindo Rodrigues, e o comandante do Exército, o coronel José Maria Menezes, foram esta segunda-feira exonerados por decisão do Conselho Superior de Defesa Nacional, que ontem teve lugar no Palácio do Povo, sob a presidência do Presidente da República, Carlos Vila Nova.

Além destas duas altas chefias militares, foram ainda exonerados o inspector das Forças Armadas e o comandante da Guarda Costeira, respectivamente,  o capitão de Mar e Guerra Pedro Barros e o coronel Sebastião Andreza.

À saída do encontro, o porta-voz do Conselho Superior de Defesa Nacional, o coronel Alfredo Marçal Lima, esclareceu que as exonerações “nada têm que ver com os acontecimentos de 25 de Novembro”, assegurando que se devem, essencialmente, “por fim de mandato conferido por lei”, que é de três anos.

A STP Press soube que para os referidos lugares já foram indicados outros nomes, embora o porta voz do conselho tivesse proferido não comentar.

“Os nomes não vou avançar, vou deixar que o governo em sede própria o faça”, afirmou o coronel Marçal Lima.

Na reunião, foram, no entanto, indicados os nomes dos oficiais que vão representar São Tomé e Príncipe na Força Multinacional da África Central e no Centro Regional de Coordenação de Segurança Marítima da África Central, sedeadas nos Camarões e no Gabão, e pelo que a STP Press soube o nome do coronel José Maria figura para um destes lugares.

O nome do capitão do Mar e Guerra, Armindo Rodrigues, é também apontado para ser o novo comandante da Guarda Costeira, em substituição de Pedro Barros.  

Recorde-se que no âmbito dos acontecimentos de 25 de Novembro, que levaram a morte de quatro dos civis implicados, o Ministério Público acusou 23 militares, três dos quais altas chefias, de crime de tortura e homicídio.  

Das altas chefias acusadas estão o ex-chefe de Estado Maior, o brigadeiro Olinto Paquete, o exonerado vice-chefe de Estado Maior, o capitão de Mar e Guerra Armindo Rodrigues, e o também agora exonerado, o coronel José Maria Menezes, que na altura desempenhava as funções de comandante do Exército.

Marçal Lima disse que as questões relacionadas com os acontecimentos de 25 de novembro não foram analisadas na reunião, convocada pelo Presidente da República, que contou com a presença do primeiro-ministro e chefe do Governo, Patrice Trovoada, de alguns membros do Governo, bem como de altas chefias militares e policiais.

Fim/RN,MF

DEIXE UM COMENTÁRIO

Digite seu comentário!
Seu nome