São Tomé, 19 Mai 2023 (STP-Press) – O primeiro-ministro, são-tomense, Patrice Trovoada, considerou hoje que o Comité Consultivo Permanente da ONU sobre Questões de Segurança na África Central (UNSAC) é um desafio para a diplomacia são-tomense nos próximos seis meses.
Patrice Trovoada fez a declaração durante a 55ª reunião ministerial da organização que terminou esta tarde na capital são-tomense e que marca o início oficial da presidência rotativa de São Tomé e Príncipe da organização.
“O testemunho que nos é hoje entregue pela presidência cessante, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Congo, pela forma exemplar como conduziu os trabalhos do comité durante o seu mandato, é um desafio para a diplomacia são-tomense”, disse Patrice Trovoada, aproveitando para solicitar o apoio e o engajamento de todos os Estados Membros para que São Tomé e Príncipe consiga realizar um mandato à altura das “nossas expectativas”.
Quanto às soluções para as muitas questões, que enfrentam a região, desde a educação, segurança marítima, questões climáticas e o combate ao terrorismo, devidamente identificadas por peritos sub-regiões, regionais e internacionais, o primeiro-ministro são-tomense indicou que “soluções existem”, estão nas toneladas de folhas de papel, relatórios dos mais diversos produzidos por peritos incontestáveis das mais diversas organizações, mas que “as soluções nascem obrigatoriamente com a nossa vontade, determinação a favor da construção da paz e confiança”.
O representante especial da ONU para a Africa Central, Abdou Abarry, que se encontra no país, a propósito da reunião, afirmou que “é preciso prosseguir o diálogo para que a paz prevaleça na sub-região”.
A 55ª reunião ministerial da UNSAC conta com a participação de representantes de todos os Estados Membros e enviados de organizações sub-regionais e regionais, como de Mandarl Bante, comissário para Assuntos Políticos, Paz e Segurança da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Central. Na sessão de hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros e da Francofonia da República do Congo, Jean-Claude Gakosso, que passou o testemunho a Patrice Trovoada, salientou que “é preciso a criação de um quadro ideal para a procura de soluções, visando a paz duradoura na região”.
O diplomata congolês foi recebido esta tarde pelo primeiro-ministro e no encontro foi abordada a experiência congolesa na UNSAC e também questões de cooperação bilateral. Patrice Trovoada já tinha tido encontro com o chefe da Diplomacia congolesa, em Brazaville, na semana passada, aquando da sua visita à República do Congo, em que também se reuniu com o presidente Dennis Sassou N’Guesso.
Os onze países que integram o comité permanente das Nações Unidas para a Segurança na África Central assumiram, na reunião de São Tomé, o compromisso de continuar a lutar contra o terrorismo e a proliferação de armas ligeiras de pequeno calibre.
A UNSAC foi criada há 30 anos para garantir a segurança na sub-região, e é composta por Angola, Burundi, Camarões, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República do Congo, República Democrática do Congo, Ruanda e São Tomé e Príncipe.
Fim/MF,RN