São Tomé, 13 Abril 2023 (STP-Press) – O primeiro-ministro são-tomense negou que os cinco detidos pelos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, no aeroporto de Lisboa, por suspeita de auxílio à imigração ilegal e utilização de passaportes falsos são são-tomenses.
Patrice Trovoada contrariava assim as primeiras informações avançadas pelo portal do SEF Portugal e depois pela agência Lusa de que o facilitador, um homem de 52 anos, era são-tomense, assim como os detentores dos passaportes falsificados. O primeiro-ministro quando abordado ontem sobre estes dois casos assegurou que as informações recolhidas pelo Governo, junto das autoridades portuguesas, indicam que não são, são-tomenses.
“Pelas informações que tenho ainda hoje (ontem) não são são-tomenses. Falaram-me de senegaleses, guineenses, cabo-verdianos, …que usavam passaportes são-tomenses falsos”, disse Patrice Trovoada.
O primeiro-ministro elevou o nível de qualidade dos passaportes nacionais, que correspondem a todas as normas de segurança europeias, que na tentativa de falsificação são automaticamente detectados, como aconteceu.
“Pelas informações que tenho, as séries usadas nos passaportes apreendidos não são de São Tomé. Portanto, não são passaportes oficiais, ..são passaportes falsos. Os passaportes são-tomenses são passaportes seguros, correspondem a toda norma de segurança”, reafirmou.
O primeiro-ministro afastou também toda e qualquer prática de atribuição de passaportes de serviços a pessoas que não são funcionárias, como algum tempo se verificava.
“Portanto não tem nada a haver com uma prática anterior que se dava passaportes “por conveniência” a algumas pessoas. Isso acabou. O que estamos agora em presença são passaportes falsos, que não correspondem a nenhum stock de passaportes são-tomenses”, concluiu Patrice Trovoada.
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