São Tomé, 18 Março 2023 (STP-Press) – O primeiro-ministro evocou a existência da “presunção de inocência” para os 23 militares acusados no caso 25 de Novembro, que causou a morte a quatro pessoas envolvidas na tentativa do assalto ao quartel das Forças Armadas. A opinião de Patrice Trovoada surge na sequência da divulgação do relatório do Ministério Público sobre os acontecimentos de 25 de Novembro, que acusa 23 militares, três dos quais, altas chefias, de crimes de tortura e homicídio.
Patrice Trovoada apelou “a toda a gente para aguardar com calma, sem de novo entrar num ciclo de politizações e de aproveitamentos”.
“Vamos aguardar o julgamento. Existe a presunção de inocência. É uma acusação, uma acusação que foi conduzida da melhor maneira possível com apoio de Portugal … vamos agora aguardar e depois do julgamento cada um tirará as suas consequências e veremos”, disse o primeiro-ministro.
Questionado sobre o que pensa sobre o seguimento do caso, Patrice Trovoada é de opinião que “depois da acusação, as coisas deverão seguir os seus trâmites, nomeadamente, o contraditório e até o julgamento, que nessa altura irá encerrar todo esse ciclo: julgamento ligado à primeira fase [sobre o assalto ao quartel], julgamento ligado à segunda fase [sobre a morte de quatro homens]”.
Sobre eventuais decisões políticas face às acusações, Trovoada disse que “nós vamos aguardar as fases. Não vamos decidir só na base da acusação, vamos aguardar, é uma situação que tem outros contornos. Vamos aguardar. A nossa posição enquanto Governo é de aguardar as próximas fases”.
Interrogado sobre o clima no quartel após as acusações, o primeiro-ministro respondeu que “as forças estão e devem estar tranquilas e é assim que as coisas devem proceder no Estado de Direito Democrático”.
Fim/RN