São Tomé, 07 Mar 2023 (STP-Press) – O novo barco que vai melhorar e reforçar a ligação entre as duas ilhas está atracado desde ontem no Porto de Ana Chaves e deverá fazer a sua ligação inaugural, amanhã, quarta-feira, à Ilha do Príncipe, para já, transportando apenas combustível, segundo fontes da empresa CSA Internacional.
A embarcação com capacidade até 300 passageiros e para boa quantidade de cargas chegou ao país proveniente da Grécia, onde foi adquirida pelo empresário luso são-tomense, José Cardoso, em resposta ao “apelo” das autoridades nacionais para o envolvimento do sector privado na área de negócios marítimos.
Vários responsáveis centrais e regionais, entre eles, o presidente do Governo Regional, Filipe Nascimento, o empresário José Cardoso e técnicos de instituições afins, estiveram ontem no Porto de Ana Chaves para dar as boas-vindas ao navio, que foi baptizado de Olívia C.
Filipe Nascimento, visivelmente satisfeito, disse que a embarcação “vai trazer confiança na ligação entre as duas Ilhas, segurança, conforto, preço acessível e competitividade”, esperando que “desta forma, fazemos com que a descontinuidade territorial, a dupla insularidade venham a aliviar, porque os transportes marítimos e aéreos são fundamentais para qualquer território descontinuado”.
Já o empresário destacou as boas qualidades e capacidades da Olívia C, tanto para o transporte de pessoas como de cargas, em conformidade com as normas europeias e com todas as certificações em dia. José Cardoso disse que o navio tem como único objectivo “satisfazer as necessidades do Príncipe e de São Tomé, que há vários anos carecem de um transporte marítimo digno”.
Para já, não há alteração nos preços de passagem e carga, que vão manter-se, segundo o empresário, nas 2.700 dobras, uma questão que o presidente do Governo Regional disse que vai abordar com as autoridades centrais e os empresários para conseguir tornar o mercado mais viável, com fluxo de negócios mais competitivos e com maior fluência entre as duas ilhas.
Espera-se que a embarcação vai pôr assim fim ao vazio de fluxo de pessoas, bens e mercadorias e também fazer esquecer os acidentes trágicos nas viagens entre as duas ilhas e ainda fomentar a economia regional, criando um maior equilíbrio nos preços de mercadorias praticados na região.
Fim/AD,MF