São Tomé, 02 Mar 2023 – (STP-Press) – O Presidente da República, Carlos Vila Nova, apelou ontem à “contenção verbal”, na sequência dos exageros verbais líderes, divulgados nas Redes Sociais, por parte dos dois dos líderes dos maiores partidos políticos nacionais, após a divulgação pelo Ministério Público do relatório sobre os acontecimentos de 25 de Novembro.
O Presidente da República fez o apelo, momentos antes da sua deslocação a Libreville, Gabão, onde participa hoje, no evento “One Forest Summit” que reúne a comunidade científica, chefes de Estado e ministros de vários países para a discussão de temas relacionados com o ecossistema florestal ao nível global.
Sobre a troca acesa de palavras ente os líderes do ADI, Patrice Trovoada, e o do MLSTP/PSD, Jorge Bom Jesus, Carlos Vila Nova apela à contenção porque diz, “na praça pública não se pode condenar ninguém, e tudo quanto se tem trazido, na grande parte, a volta dessa questão, só tem denigrido a imagem de São Tomé e Príncipe”.
Segundo o Presidente da República “eu represento o Estado e defenderei sempre o Estado, portanto, apelo à contenção verbal, e é preciso situarmos num ponto; que o assunto é da Justiça, e a Justiça tem mecanismos próprios de fazer o seu trabalho,.. eu nunca ire condenar seja quem for na praça pública”.
Questionado sobre o relatório produzido pela CEEAC sobre o assalto ao Quartel-general, cuja cópia foi entregue a si na cimeira da organização realizada no fim-de-semana em Kinshasa, o Chefe de estado explicou que “ainda não apresentou a ninguém, até porque o chefe do Governo não se encontra no país. Eu tinha dito que haveria uma análise a nível do Estado e as reacções então através do Governo. Assim que eu poder estar com senhor primeiro-ministro o que eu já depreendi partilharei e faremos esta análise no momento próprio, nós diremos o que nos toca sobre relatório”.
Quanto ao evento “One Forest Summit”, Carlos Vila Nova sublinhou que “está previsto um encontro com a comunidade científica para situar os Chefes de Estado e de Governo relativamente ao que é o conceito-floresta e a protecção para se encontrar não só mecanismos para financiar a protecção florestal, mas mecanismos para que os negócios através das florestas também se façam”.
Em causa estão a discussão e debate a volta das três maiores bacias florestais do mundo; a Amazónica na América do Sul, a do Congo, na África Central, e a Asiática, a volta da Indonésia, Malásia, Filipinas e Tailândia.
Fim/RN