São-Tomé, 01 Fev. 2023 (STP-Press)- Patrice Trovoada não poupou palavras para descrever, na sua opinião, o que o MLSTP/PSD fez e tem feito pelo país. No encontro ontem nas instalações da REINA, da Direcção de Empreendedorismo, com a Associação dos Motoqueiros, o primeiro-ministro são-tomense afirmou, citamos; “o nosso país precisa de toda a concentração dos seus dirigentes, dos funcionários, trabalhadores e de toda a gente para sair do buraco que o MLSTP nos pôs”.
A afirmação surge em resposta à pergunta dos jornalistas, por causa das acusações do MLSTP/PSD, de que estaria a fugir ou a recusar o debate parlamentar sobre os acontecimentos de 25 de Novembro. Patrice Trovoada respondeu que “eu não me recuso a nada, eu não faço coisas que eu considero que não são corretas, quando nós temos sacrossanto, segredo de justiça, eu não vou debater questões que estão no segredo da justiça. Quando a justiça acabar o seu trabalho, iremos pronunciar, discutir, debater, – mas de momento, não vou perturbar o trabalho da justiça. O meu trabalho é procurar soluções para os muitos problemas de São Tomé e Príncipe, e não vou imiscuir no outro órgão da soberania, só porque um partido ou determinados partidos querem, sobre uma questão tão sensível, tal grave, como a do 25 de Novembro. Portanto, vamos aguardar e quando teremos os resultados, a partir dai sim, eu poderei pronunciar”, frisou.
O encontro que era para abordar o dia-a-dia dos motoqueiros, uma actividade de transporte de pessoas e até de bens, que tem sido uma espécie de “escape” para muitos jovens, em situação de desemprego, o primeiro-ministro desabafou ainda sobre o comportamento, que considera “estranho” do maior partido de oposição, logo a seguir às eleições e depois com os acontecimentos de 25 de Novembro. “Esses dias, o MLSTP tem falado muito, tem estado muito agitado,… é a agenda do MLSTP, e algumas coisas que tem dito, eu acho que são abonatórias para o próprio MLSTP e para nossa democracia, mas é um jogo político, cada um joga com as peças e instrumento que acha que deve jogar”, disse Patrice Trovoada.
Questionado sobre o adiamento do reajuste do preço de combustíveis, o primeiro-ministro explicou que se deve ao facto de Janeiro ser um mês difícil, até para o Estado, mas que o governo vai ter de decidir, faltando apenas uma questão técnica em função da actualização dos preços de carregamentos de combustíveis e os acertos necessários de modo que o impacto na vida das pessoas seja o mais leve possível.
Relativamente aos motoqueiros, o primeiro-ministro prometeu ajudar na institucionalização da classe e a respectiva actividade de modo que o papel que têm conquistado na sociedade não seja posto de lado. “Nós pensamos que toda gente que produz tem de pagar um pouco ao Estado, mas o Estado também deve, em compensação, fornecer os serviços às pessoas, e é esta equação que estamos a tentar resolver com a informatização, digitalização e pagamento electrónico. Penso que iremos ultrapassar essa questão de cobrança junto dos sectores ditos informais”, concluiu Patrice Trovoada.
Fim/RN,MF