São-Tomé, 12 Jan. 2023 (STP-Press) – O partido, Acção Democrática Independente, o ADI, considera que não justifica o posicionamento da oposição em apresentar uma moção de censura ao Governo nem tão pouco convidar o primeiro-ministro para o debate parlamentar, para falar do ataque ao quartel militar, ocorrido na madrugada de 25 de Novembro, porque o caso está sob a alçada da justiça.
Em declarações esta quarta-feira à imprensa, em resposta à conferência de imprensa da oposição do mesmo dia, na voz do ex-primeiro-ministro e presidente do MLSTP/PSD, Jorge Bom Jesus, o líder da bancada parlamentar do ADI, José António Miguel, refutou as acusações da oposição, sublinhando que o caso está entregue ao Ministério Público e que o debate parlamentar só iria atrapalhar as investigações. O líder parlamentar da ADI lembrou que o seu partido defendeu na conferência dos líderes “que se deixasse a justiça fazer o seu trabalho”. Reconheceu, no entanto,que “a oposição está no seu direito quanto à introdução da moção de censura contra o Governo”.
Na semana passada, recorde-se, o Procurador-Geral da Republica, Kelve Carvalho, afirmou à saída do encontro com o primeiro-ministro e chefe do Governo, Patrice Trovoada, que as investigações sobre este caso, apoiadas pela Polícia Judiciária portuguesa estão a decorrer a “muito bom ritmo” e que provavelmente os resultados serão divulgados antes do prazo de três meses estabelecido por lei.
A oposição são-tomense que está agora unida em sete partidos políticos, sob a designação FUPPO – Frente Unida dos Partidos Políticos de Oposição, é liderada pelo MLSTP/PSD, que tem 18 deputados e o BASTA com 2. Os outros cinco, o PCD, o MDFM, FDC, CID-STP e UDD não têm nenhum. O ADI tem a maioria parlamentar de trinta deputados.
Fim/RN,MF