Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva
São-Tomé, 09 Nov. 2022 ( STP-Press ) A Nova Presidente do Parlamento de São Tomé e Príncipe, Celmira Sacramento anunciou terça-feira como um das prioridades da sua agenda a “Revisão consensual da constituição da República e demais normas que configuram a estrutura” do Estado são-tomense.
No seu discurso Celmira Sacramento declarou que “a Assembleia Nacional deve colaborar com os demais órgãos de soberania e a sociedade civil na busca de soluções plausíveis consentâneas para resolução dos inúmeros problemas que afetam o País”.
“Para que este desiderato seja concretizado trago na minha agenda de trabalho para os próximos quatro anos alguns desafios que temos pela frente”, disse Celmira Sacramento, tendo sublinhado que “Revisão consensual da constituição da República e demais normas que configuram a estrutura do nosso Estado”.
Dentre as prioridade, Celmira Sacramento disse que “a reforma da Assembleia Nacional de modo a troná-la uma instituição mais dinâmica, mais virada para os cidadãos e os problemas reais da comunidade, mais respeitada, mais credível, mais produtiva e mais flexível”.
“A procura de melhores condições de trabalho para os parlamentares e os mais diversos serviços técnicos de apoio, tendo em conta em vista a sua modernização”, disse para depois acrescentar que “a política de equidade de género e as desigualdades e assimetrias regionais”
Ainda no quadro da sua agenda, falou da “juventude formação do emprego”, passando pela “relação com os parlamentares dos países da CPLP e da sub-região entre outras prioridades.
Nova Presidente do Parlamento disse que “nesta hora em que assumo plenamente as minhas funções de Presidente da Assembleia Nacional, os meus pensamentos vão para a grande mulher são-tomense, a poetisa Alda Graça do Espírito Santo, que num dia como hoje há mais de trinta anos, assumiu a presidência da Assembleia Nacional “
“Foram necessárias mais de três décadas, um longo parêntesis que só agora se abre com a minha eleição o que apesar de tudo, orgulha-me profundamente”, acrescentou.
Disse ainda que “a minha eleição hoje nesta magna assembleia não traduz apenas a vitória de uma mulher ou mesmo das mulheres são-tomenses, mas uma vitória de todo o povo de São Tomé e Príncipe. São estes pequenos gestos que marcam o avanço de uma sociedade e a propulsa a patamares cada vez mais altos da modernidade e do progresso”.
“A eleição de uma mulher a este cargo tão prestigioso da nossa arquitetura constitucional traduz não só uma evolução da mentalidade mas, sobretudo, uma tomada de consciência no que respeita a essência dos direitos fundamentais, mormente no que respeita a equidade de género e ao papel da mulher no desenvolvimento económico e social de qualquer comunidade”, precisou.
Fim/RN