Por: Ricardo Neto, jornalista da Agência de Notícias STP-Press

São-Tomé, 28 Out. 2022 ( STP-Press ) –   ADI, partido vencedor das ultimas legislativas são-tomenses, declarou hoje que “é absolutamente necessário travar a ação deste governo [ cessante] que assume visivelmente contornos criminais”, tendo reafirmado que não assumirá  “quaisquer responsabilidades pelos actos fraudulentos praticados” pelo mesmo, – indica um comunicado do ADI enviado esta manhã a STP-Press.

 “È absolutamente necessário travar a ação deste governo que assume visivelmente contornos criminais, não podendo o ADI assumir quaisquer responsabilidades pelos actos fraudulentos praticados pelo governo ou seus agentes, nem tão pouco garantir que a dimensão das responsabilidades internas e internacionais do país e do desastre no qual estamos mergulhados não sejam maiores”, – lê-se no comunicado assinado por Vasth dos Santos, Secretário-geral Adjunto do ADI.

ADI diz no comunicado que “por este andar, o povo de São Tomé e Príncipe, exigem que se regresse imediatamente e sem delongas ao Estado de Direito Democrático e exprimem toda sua desconfiança em relação ao actual poder no qual não se pode confiar, nem tão pouco da qualquer crédito, sob pena de cumplicidade e de solidariedade culposa”.

O partido liderado por Patrice Trovoada declara que “o MLSTP e os seus acólitos não podem ignorar que São Tomé e Príncipe é uma democracia e que no passando dia 25 de Setembro o povo fez uma escolha clara, definitiva e inequívoca, que não sofre qualquer consternação ou reversão.

“No entanto numa tentativa de perturbar a ordem democrática e atenuar o vigor da vitória popular no dia 25 de setembro, esta coligação do mal vem gesticulando e multiplicando expedientes de toda ordem com propósito de escamotear os seus esquemas e atrocidades e retardar uma transição inelutável, genuinamente querida pelo povo”, acrescenta ADI.

Partido de Trovoada sublinha que “o que preocupa povo e o ADI é a Caixa de Pandora deixada pelo governo desta velha maioria, que a cada dia que passa nos revela um facto novo, mais ardiloso e mais repugnante que o anterior, um outro negócio degradante para comunidade nacional e que vincula várias gerações de são-tomenses enquanto lança incessantemente opróbrios contra a escolha livremente feita pelo povo”.

ADI diz ainda no seu comunicado que “como poderão imaginar o problema de São Tomé e Príncipe e do seu povo não são as lucubrações de um Padre resignado ou de um ambivalente Nelson Carvalho”.

Tendo declarado que “sem que o ADI tenha ainda visto todos os papéis, e para que tenham uma ideia do desastre provocado pelo MLSTP, que teremos de enfrentar…”, o partido de Trovada citou vários exemplos, como “o Governo do MLSTP não respeitou os limites mínimos de reserva de dívidas ao Banco Central” bem como “ nomeações e promoções abusivas e de última hora atingiram proporções jamais vistas…”

Além de citar que “a crise energética agravou-se,… gestão amadora e fraudulenta de importação de combustíveis”, o partido ADI criticou ainda a “suspensão dos serviços dos registos e notariados, tribunais em greve, secretismo e desrespeito das regras nos contratos concessão de portos” entre outras acusações.

“O tempo se encarregará, certamente, de desvendar outras aventuras e veleidades”, lê-se ainda no comunicado do ADI de Trovoada que venceu as legislativas de 25 de setembro com a maioria absoluta de 30 deputados, seguido do MLSTP-PSD com 18 assentos, MCI-PS-PUN com 5 e BASTA com 2 deputados.

Fim/RN

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