Por: Ricardo Neto, jornalista da Agência de Notícias STP-Press
São-Tomé, 25 Ags 2022 (STP-Pres) – O Primeiro-Ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus inaugurou hoje a primeira central fotovoltaica do país, num sistema solar com capacidade de 540kwp (kilowat pico), tendo sublinhando que “é um virar de página” que abre a fase de transição das térmicas (fosseis) para as energias renováveis (limpas).
“É um virar de página” na história energética do País, disse Jorge Bom Jesus sublinhando que “estamos a falar de um projecto que cria emprego, proporciona economia, promove esta energia limpa que é muito mais fácil em termos de manutenção”.
Tendo declarado que “nós estamos a realizar um sonho… a tirar um projecto da gaveta e transformar em realidade”, Jorge Bom Jesus acrescentou que “mas tudo isto, seria impossível de acontecer se nós não tivéssemos parceiros, o PNUD, nesta primeira fase de arranque, o prelúdio, mas depois termos o BAD porque tudo isto vai até 2 MegWatt, o que já significa uma grande economia”.
Além do governo através do ministério das Infraestruturas e Recursos Naturais, envolvendo a empresa de Agua e eletricidade, EMAE, este projecto de energia renovável no arquipélago conta ainda com apoio do PNUD e do Fundo Global para o Meio Ambiente, GEF, e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) num valor estimado em 690.000 dólares.
Além dos custos de instalação inclui também a capacitação de uma grande equipa técnica da EMAE para a manutenção e exploração, o fornecimento de peças sobressalentes e cobertura de dois anos de serviços de manutenção a esta central fotovoltaica, localizada na central térmica da EMAE em Santo Amaro.
A fase seguinte contará com financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento visando a instalação de painéis solares, na zona sul da central de Santo Amaro, com capacidade estimada de 1,7 MWp.
Esta energia limpa representa cerca de 10% da capacidade disponível actual que rondam os 20MW e irá apoiar na redução dos custos com a energia produzida a combustível fóssil que actualmente é a única fonte de energia no país.
Fontes da EMAE asseguram que a ligação destas infra-estruturas a rede eléctrica nacional está a ser feita pela UNIDO, com recursos do GEF para a extensão do Posto de Corte que permitirá unir em segurança e injectar na rede eléctrica nacional a produção das centrais solares com a produção dos actuais grupos geradores .
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