Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 12 jul 2022 ( STP-Press ) – O Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova discursou esta manhã no acto central do 47º aniversário da independência nacional, tendo mais uma vez exortado para realização do recenseamento eleitoral antes das eleições legislativas, autárquicas e regional marcadas para 25 de Setembro.

“A nenhum cidadão deve ser coartado o direito constitucional de voto”, disse o Presidente Carlos Vila Nova sublinhando que “a concretizar-se, isto representaria uma violação grosseira e uma grave afronta a nossa constituição e das demais normas da República”.

“Por isso impõe-se aos actores políticos que, com toda a lucidez, coloquem o interesse nacional acima dos interesses partidários e dos interesses pessoais”, disse para depois acrescentar que “peço o empenho de todos a fim de que esse direito seja assegurado aos são-tomenses sem hesitações e sem reservas”.

“A temática da realização do recenseamento eleitoral pode ditar que os jovens que há bem pouco tempo completaram idade de maioridade e demais concidadãos que mudaram de círculos eleitorais, sobretudo, aqueles que, por variadas razões emigraram não só verem coartados os sues direitos de eleger, mas acima de tudo o direito de serem eleitos”, sustentou Vila Nova.

Para Vila Nova “a proximidade das eleições para escolha de uma nova composição parlamentar e de um novo governo deve exigir de todos e cada um de nós, um grande sentido de responsabilidade para que uma vez, estas ilhas presenteiam à sub-região ao continente e ao mundo mais uma prova da nossa maturidade de democrática”.

Para o Presidente da República a realização do recenseamento eleitoral irá contribuir para que “estas eleições venham a decorrer num clima de completa harmonia e sem exclusões, ditadas por meras conveniências político-partidárias”.

“É crucial não nos esquecermos de que não está terminada o nosso processo democrático. Alias, a democracia é um processo em permanente formação e consolidação” disse ´Presidente da República.

Quanto a efeméride, Vila Nova disse que “dúvidas não podem existir de que aos 47 anos de existência como Estado, temos hoje muito mais interesses colectivos a defender e proteger. Por esse motivo não podemos nos dar ao luxo de baixar a guarda. Pelo contrário devemos acelerar o nosso cerrado combate contra pobreza em todas as frentes”

“Continuamos a olhar para futuro com muitas expectativas e com esperança sempre renovada”, precisou.

Presidente Vila Nova disse que “a todos os são-tomenses que escolheram outros países para trabalhar, viver ou estudar e que constituem hoje a nossa diáspora, a vossa participação na vida do nosso país é igualmente relevante merecedora de toda a atenção das autoridades nacionais”

“É de todos sabidos que as razões da nossa frágil economia encontram explicações em factores tanto endógenos como exógenos”, disse para depois acrescentar que “os primeiros estão associados a baixa infraestruturação do país e a fraca capacidade de mobilização de investimos privados”

“ e os segundos prendem-se em grande medida com a pandemia da Covid-19 que continuou a assolar o mundo e agravou de forma sem precedentes a nossa débil e dependente economia”, avançou Vila Nova.

O chefe de Estado sustentou que “se a independência significou para nós, a faculdade de decidirmos os nossos próprios caminhos e de sermos os únicos protagonistas da nossa história, ela também colocou-nos desafios e pressões das mais variadas natureza”.

Além de ter manifestado dor e consternação face a morte de José Eduardo, ex-presidente da Angola, Vila Nova sublinhou que “aproveito para esta solene cerimonia para render homenagem particular a dois ilustres filhos desta terra e obreiros da independência que quis o destino nos deixaram neste ano 2022! Refiro-me ao Dr. Carlos Tiny e ao antigo Presidente da República, Evaristo Carvalho”.

Fim/RN

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