Por: Ricardo Neto, jornalista da STP-Press in jornal de Angola
São-Tomé, 10 Mai 2022 ( STP-Press) – O Presidente de São Tomé e Príncipe elogiou, esta segunda-feira, em Luanda, a sapiência e maturidade dos angolanos na conquista da paz definitiva em 2002, salientando que a proeza testemunha a capacidade de harmonizar posições desavindas, publicou hoje o Jornal de Angola no âmbito da visita de Carlos Vila Nova as terras angolanas.
Ao discursar na reunião plenária solene convocada por ocasião da visita de Estado de três dias a Angola, Carlos Manuel Vila Nova considerou o 4 de Abril, consagrado à Paz e à Reconciliação Nacional (4 de Abril de 2002) como a mais decisiva conquista do povo angolano do pós-Independência, lê-se no jornal angolano.
“Foi um marco muito inspirador e ensinamento para África e o mundo”, escreve o jornal cintando uma afirmação o Chefe de Estado são-tomense, que destacou os “excelentes laços históricos de amizade e irmandade” entre os dois povos, desde os primórdios da luta pela Independência.
Entre os vários testemunhos de fraternidade demonstrados por Angola, Carlos Vila Nova destacou o contributo na formação das forças de Defesa e Segurança são-tomenses em 1980, quando estas se encontravam ainda no estado embrionário, adianta o período angolano.
Segundo o jornal de Angola, ao longo da intervenção, o estadista também falou dos efeitos do conflito armado no Leste europeu, das consequências económicas provocadas pela pandemia da Covid-19 à economia mundial e dos desafios do continente africano, sobretudo, nos domínios da Saúde, Educação e saneamento básico.
Defendeu, a propósito, a pacificação de África e o diálogo como principal instrumento para a resolução dos conflitos armados. Sublinhou que África, pelas riquezas dos solos e subsolos, recursos marinhos, juventude, cultura vibrante, património material e imaterial deve tornar-se numa “verdadeira” frente mundial de desenvolvimento.
O Chefe de Estado são-tomense disse que a criação da Zona de Comércio Livre é uma porta de esperança e uma oportunidade para o continente ser artífice e artesão do próprio quotidiano e futuro.
“África precisa de reescrever a história, recuperar o seu verdadeiro lugar e reconquistar a dignidade compatível com a sua dimensão e potencial”, afirmou Vila Nova, realçando que o continente possui uma “significativa” população jovem, capaz de responder aos desafios nos sectores do Empreendedorismo, Tecnologia Digital e Protecção do Ambiente.
Para o Chefe de Estado são-tomense, a União Africana tem a missão histórica de levar o continente a patamares de desenvolvimento que proporcionem uma “existência condigna” dos seus filhos.
“A União Africana não pode falhar no cumprimento dos seus objectivos”, alertou Carlos Vila Nova, lembrando que a cada um dos Estados devem ser exigidas responsabilidades no cumprimento dos deveres.
Fim/RN/ Fonte: Jornal de Angola