Por Manuel Dênde, jornalista da Agência STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 23 Abr. 2022 (STP-Press) – O líder da cidade de São Tomé, município de Água Grande, José Maria Fonseca, homenageou, nos últimos dias, duas das principais personalidades de São Tomé e Príncipe, no âmbito das festividades de 22 de Abril, dia da celebração do 387º aniversário da elevação desta urbe à cidade.
Neste âmbito, o presidente da Câmara Distrital de Água Grande, decidiu, homenagear o presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves e o Primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, separadamente com a entrega da chave da cidade de São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe.
As cerimónias relativas a entrega das chaves da cidade de São Tomé, foram feitas, quinta e sexta-feira, nos gabinetes de trabalho dessas figuras, respectivamente, na Assembleia Nacional e no Palácio do Governo.
A propósito, Delfim Neves congratulou-se com o gesto do edil da cidade de São Tomé, tendo na ocasião, afirmado que trata-se de um enorme reconhecimento do autarca de São Tomé ante a vida da cidade capital de São Tomé e Príncipe.
“É necessário que a cidade de São Tomé retome os seus antigos valores, dos quais, o da cidade mais limpa de África”, advogou Delfim Neves.
Neste âmbito, acredita Delfim Neves, “é necessário concurso de todos que moram e usam essa cidade”.
Na óptica deste dirigente, “a cidade limpa requer o concurso não só da Câmara Municipal como de cada são-tomense digno deste nome”, acrescentou.
São Tomé, completou ontem, 22 de Abril, 487 anos de sua elevação à categoria da cidade, a qual deveu-se a uma Carta Régia do Rei de Portugal Dom João III.
Linda e banhada pelas águas do oceano atlântico, a cidade de São Tomé nasceu como resultado de cruzamento de gentes da Europa e da África.
E na sequência disso, foi ganhando relevância no contexto africano em plena era colonial, albergando a primeira Santa Casa da Misericórdia portuguesa em África, como também foi o espaço que acolheu a primeira e a maior diocese do reino português em África, afirmou Albertino Bragança.
De acordo com este homem da cultura, “o processo amplamente ilustrativo do desejo dos Papas de Roma e dos Reis de Portugal de fazerem de São Tomé um centro irradiador de religião e cultura para toda a África e assim dotarem a capital de tais riquezas e objectos de culto, que São Tomé se podia chamar “Roma do Ocidente Austral Africano”, tal como Goa “Roma do Oriente”, relatos do século XVI, trazidos ao presente numa investigação de Albertino Bragança.
A cidade de São Tomé, hoje, além de ser o centro onde gravita toda raça de gente, nacionais, estrangeiros, europeus e africanos, alberga actualmente mais de 20 mil pessoas.
Com suas casas de média altura (próprias do período colonial), salvo um ou outro prédio de meia dúzia de andares que hoje dão algum sinal de modernidade.
E o mais emblemático é o conhecido “prédio de Banco”, que fica paredes meias com da antiga Praça de Portugal, hoje, rebaptizada Praça da Independência porque foi neste local, onde em 12 de Julho de 1975, Nuno Xavier proclamou a Independência de São Tomé e Príncipe.
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