Por Manuel Dênde, jornalista da Agência STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 13 Abr. 2022 (STP-Press) – O presidente da Federação de Organizações Não Governamentais em São Tomé e Príncipe (FONG-STP), Cândido Rodrigues, defende, terça-feira, na cidade de São Tomé, “os cidadãos têm o direito de viver num país, onde o Estado, os dirigentes e as instituições sejam transparentes”.
Cândido Rodrigues que falava na cerimónia de abertura de um seminário de dois dias, a decorrer nas instalações do Centro Cultural Português sobre a situação e o combate da corrupção em São Tomé e Príncipe, mostrou-se completamente decepcionado com o acentuar de casos de corrupção no seu país.
Rodrigues citou vários casos de corrupção denunciados em relatórios de Tribunal de Contas, compreendendo “vários actos de má gestão de recursos públicos”.
Fazendo um ponto de situação sobre a corrupção no país, Cândido Rodrigues disse que “se olharmos para o panorama do país, poderemos nos aperceber o quanto a corrupção tem adiado a nossa percepção de viver com dignidade em São Tomé e Príncipe”.
Cândido recordou que no ano transacto, o país desceu três posições no índice de percepção da Organização Transparência Internacional e está no 12º lugar, com uma qualificação particularmente baixa no domínio de acesso às informações e dos mecanismos anti-corrupação”, entre os 55 países que constam no índice Mo Ibraim 2020 sobre a boa governação em África.
Presidiu a cerimónia de abertura o Vice-presidente da Assembleia Nacional, Guilherme Octaviano, assim como marcaram presença no Fórum financiando pela União Europeia, o embaixador de Portugal, Rui de Carmo, presidente da CEPE, Fátima Proença, o activista angolano Rafael Marques e outros quadros estrangeiros e nacionais ligados ao jornalismo de investigação.
Octaviano, na sua intervenção mostrou-se avesso a corrupção, mas, indagou a eventualidade de quem são os corruptores em relação aos corruptos, sublinhando que a Assembleia Nacional está aberta para colaborar com vista a aprovação de leis visando reforçar mecanismos de luta contra a corrupção em São Tomé e Príncipe.
O líder da FONG-STP, pediu aos presentes uma solidariedade visando um combate inadiável a corrupção e a impunidade na perspectiva de desenvolver o país.
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