Por Manuel Dênde, Jornalista da Agência STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 11 Abr. 2022 (STP-Press) – O Impacto económico do petróleo só será visível em São Tomé e Príncipe seis anos depois da efectivação do primeiro furo, – revelou à imprensa nacional, o director para África da GALP, Roland Magli, após uma audiência que manteve há dias, em Lisboa (Portugal), com o Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova.
“Após efectivação do primeiro furo”, informou Magli que “caso se descobrir o petróleo, vai-se ter que saber a quantidade”.
Depois disso, avançou que “vamos nos envolver para aquisição dos equipamentos e outros expedientes, por isso que admito cinco a seis anos”.
A GALP (Portugal) e a Shell (multinacional britânica), parceiros no bloco seis, reagendaram para o próximo mês de Maio abertura do primeiro furo no referido bloco da Zona Económica Exclusiva (ZEE) de São Tomé Príncipe denominado Jaca.
Jaca que deveria ser objecto de primeiro furo este mês de Abril, viu adiada esta acção na sequência da evolução técnica surgida na Namíbia onde o navio-sonda que deveria atuar em São Tomé se encontra neste momento.
“Vai ser a primeira tentativa de descoberta de petróleo na ZEE de São Tomé e Príncipe. Será a primeira vez que os geocientistas terão os dados fornecidos pelo poço”, explicou em Dezembro último um quadro da companhia Galp, Vanessa Gasparinho.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), esta acção deverá demorar dois à três meses.
Recorde-se que na ZEE de São Tomé e Príncipe com uma dimensão de 160 mil km2, os testes sísmicos de duas dimensões realizados entre os anos 2009 e 2010, permitiram identificar um total de 19 blocos de petróleo.
No mapa dos blocos de petróleo da ZEE de São Tomé e Príncipe, elaborado no ano 2010, o bloco 6 que dá corpo ao projecto Jaca faz parte do grupo de blocos localizados próximos das águas territoriais da Guiné-Equatorial e da Nigéria.
Sublinha-se que as zonas marítimas citadas já têm tradição na exploração do ouro negro.
A estrutura societária do Project é detida pelo Estado são-tomense com 10%, enquanto a Shell e a Galp, possuem cada um 45% de direitos sobre a Jaca.
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