Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 09 Abril 2022 ( STP-Press ) – O ex-primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada foi eleito presidente da Ação Democrática Independente (ADI), em congresso realizado, hoje quinze meses depois do Tribunal Constitucional ter chumbado um anterior congresso que já o tinha reconduzido a liderança do partido.

Patrice Trovoada foi reeleito com 99,8% de votos na liderança de uma lista única ao congresso, tendo obtido 703 votos favoráveis e houve um registo de voto nulo num total de 704 votantes.  

Além de Trovoada, integram ainda a nova direção do ADI, Orlando da Mata como vice-presidente e Celmira Sacramento também vice-presidente, devendo o secretário-geral ser eleito num conselho nacional a realizar-se dentro de dias.

Em Novembro de 2020, o partido ADI viu o seu chumbado o seu congresso electivo que havia reconduzido Patrice Trovoada no cargo de presidente do partido por decisão do Tribunal Constitucional que na altura alegou irregularidades estatutária e legal, entre elas, o facto da votação para o cargo de presidente do partido ter sido por “aclamação e mediante braços no ar”.

Em Outubro 2020, Patrice Trovoado já havia sido reeleito presidente do partido num congresso que pôs fim a uma crise de liderança provocada na altura por auto-afastamento do ex-presidente Agostinho Fernandes que chefiava uma das alas do partido enquanto Trovoada liderava uma outra fracção.

Nas últimas declarações públicas, Patrice Trovoada tem assegurado que o seu regresso a liderança do partido significaria uma automática candidatura sua ao cargo de Primeiro-Ministro na base de um cenário de maioria absoluta favorável a seu partido nas próximas legislativas de 25 de Setembro.

O ADI foi o partido mais votado nas eleições legislativas de 2018, tendo elegido 25 deputados, num total de 55, mas não teve apoio parlamentar para formar governo face a um outro acordo parlamentar entre MLSTP/PSD e a coligação PCD-MDFM-UDD que conseguiram formar uma maioria de 28 deputados e garantir o suporte ao governo chefiado por Jorge Bom Jesus.

Fim/RN

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