Texto: Manuel Dênde ** Foto Arquivo: António Amaral “InterMamata 

São Tomé (São Tomé e Príncipe), 30 Mar. 2022 (STP-Press) – O Primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, justificou, nas últimas horas, a exoneração do governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe, Américo Barros. 

Segundo o Chefe do Governo em declarações à televisão pública do país, o Conselho de Ministros optou pelo afastamento de Américo Barros, por falta de cumprimento do dever de isenção, o qual se deveu ao excesso de protagonismo político deste ex-responsável aquando da campanha interna para o VI congresso para a liderança do MLSTP/PSD. 

Américo Barros, recorde-se, naquele momento era vice-presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), e um dos três candidatos às eleições internas para a liderança do mesmo partido que lidera a coligação política no poder em São Tomé e Príncipe. 

Além de Jorge Bom Jesus, reeleito com maioria absoluta presidente do MLSTP/PSD, concorriam para a liderança do mesmo partido, Américo Barros e Rafael Branco. 

“O exercício do cargo de governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe, entidade que supervisiona a política monetária do país, colide justamente com os Estatutos do Banco Central no seu código de conduta que nos seus articulados veda a possibilidade desses dirigentes, poderem, enfim… dirigir organizações sindicais ou políticas”, justificou Bom Jesus. 

Sustentou, igualmente, que “o Sr. governador acabou por se expor, portanto…, durante o congresso do MLSTP/PSD que foi bastante mediatizado tanto nacional como internacional”.

“E sabe que temos parceiros internacionais que acompanham todo processo da política monetária [FMI e Banco Mundial], e naturalmente que esta exoneração decidida pelo Conselho de Ministros acaba por ser uma consequência directa desta contradição com a lei Orgânica do Banco Central”, concluiu o Chefe do Executivo são-tomense. 

Américo Barros, que ocupava o cargo há pouco mais de três anos, foi substituído pelo seu colega do conselho de administração desta entidade reguladora, Eugénio Soares, que já exerceu as funções de ministro das Finanças num dos governos do MLSTP/PSD. 

MD/LM

STP-Press/Fim 

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