Por Manuel Dênde, Jornalista da Agência STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 21 Mar. 2022 (STP-Press) – A Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP), acaba de credenciar, pela primeira vez na sua história académica, um mestrado no país.
A realização deste mestrado, na universidade pública do país só foi possível graças aos recursos externos, nomeadamente, apoio técnico, académico e financeiro da União Europeia que sancionou o trabalho de investigação, logística e de mobilidade de Abidulay Barora, um cidadão da Guiné-Bissau.
Abidulay defendeu a tese sobre a dupla regulação de petróleo e gás na zona conjunta da Guiné-Bissau/Senegal com alguma similitude entre a zona conjunta Nigéria/São Tomé e Príncipe.
A mesa de jurados compreendeu quadros da Universidade Nova de Lisboa, por vídeo-conferência e de são-tomenses da USTP.
No fim deste exercício académico, que, levou a fazer “um trabalho de anos e bastante exaustivo” de investigação tanto em Bissau como em São Tomé, o corpo de jurados deu nota de 17 valores ao Abidulay Barora.
De acordo com Lúcio Lima, da Universidade Nova de Lisboa, são dois estudantes da Guiné-Bissau que beneficiaram de auxílios financeiros de um projecto da Comissão Europeia, apoiado pela União Africana (UA), os quais permitiu-lhes efectuarem a conclusão destas obras académicas em São Tomé e Príncipe.
A USTP tem licenciado várias dezenas de alunos, mas trata-se de primeira vez que credencia um mestrado.
Há três semanas, uma doutoranda são-tomense viu viabilizada, com auxílio da Universidade de Évora (Portugal) a sua defesa na mesma instituição académica.
De um país onde não havia universidade, pós independência, o Estado são-tomense decidiu criar em Julho de 2014 uma universidade pública.
Além dela, existe igualmente duas outras universidades privadas, nomeadamente, Lusíadas e a IUCAI, a mais antiga do país.
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