Por Manuel Dênde, jornalista da Agência STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 14 Mar. 2022 (STP-Press) – Mais de duas dezenas de países, com destaque para Brasil, EUA e São Tomé e Príncipe, acabam de dar início às manobras militares no Golfo da Guiné com operação “Obangame Express-20222” com vista a dissuadir a prática de pirataria marítima nesta sub-região de África.
Fontes militares disseram a STP-Press que a manobra Obangame Express/2022, a qual São Tomé e Príncipe participa pela 11ª vez, é financiada pelos EUA cujo valor não foi divulgado.
Segundo ainda a fonte, além de Estados africanos do Golfo da Guiné, Brasil e EUA são os únicos dois Estados americanos que comparticipam no certame.
De acordo ainda com a fonte, EUA comparticipam com alguns dos seus meios mecânicos e humanos afectos ao seu comando destacamento para África central na Alemanha, mas com uma subdivisão em Djibuty denominada “Africon”.
O Golfo da Guiné, na sub-região de África central, é umas das áreas mais perigosas do Mundo para os marinheiros e onde se protagoniza múltiplas situações de pesca ilegal, pirataria violenta nos navios, envolvendo o roubo de hidrocarbonetos e/ou rapto dos membros dos navios.
Obangame Express/2022 realiza-se de 12 à 17 deste mês.
Jorge Amado, ministro da Defesa de São Tomé e Príncipe falando a propósito do evento, apelou aos quadros militares do seu país assim como de outros Estados africanos para se apropriarem de diversas experiências homologas visando uma capacitação técnico-tático de África, e em particular da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe.
Militares são-tomenses da Guarda Costeira, tomam parte nessas manobras com recurso a um equipamento mecânico português, o navio português, NRP Zaire.
Comparticipam no certame 25 países membros do acordo de Yaoundé (Camarões) cujo centro de operações situa-se em Dakar, capital do Senegal, na África ocidental.
Além de São Tomé e Príncipe, dos Estados africanos que participam na Operação Obangame Express-2002, destaque para principais potencias da sub-região de África como Gana, Nigéria, Camarões, ao qual se acresce Costa do Marfim, Togo, Benim, Guiné Equatorial e Gabão.
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