Por Manuel Dênde, jornalista da Agência STP-Press 

São Tomé (São Tomé e Príncipe), 10 Mar. 2022 (STP-Press) – O represente da FAO para África central, Hélder Mutéia, advertiu, quinta-feira, em São Tomé, que na sequência da guerra Rússia/Ucrânia, o país deve preparar-se para dias difíceis no plano alimentar e nos combustíveis. 

Segundo o moçambicano Hélder Mutéia, que falava à Imprensa, a luz deste conflito produtos alimentares vão escassear-se no mercado. 

E destes produtos, pontuou o agravamento de preço dos combustíveis, bens alimentares, dos quais se destacam o trigo e o milho. 

“É óbvio que vai subir o preço dos combustíveis”, alertou o diplomata, acrescentando que neste âmbito, convinha sublinhar o preço do trigo, o qual é maioritariamente produzida na Europa mas que “estranhamente africanos consumem-no em grande escala”. 

Aludindo a hipótese de São Tomé e Príncipe vir a ser um dos mais afectados desta crise político militar na Europa do leste, este responsável disse que “o vosso país tem capacidade de resiliência e as pessoas podem eventual consumir a farinha de mandioca ou de fruta-pão”. 

Aludindo ao facto dos dois contendores serem principais produtores de trigo, milho, dos combustíveis e baseando nas projeções feitas pela FAO, afirma que “tudo indica que pessoas simplesmente pobres vão passar pela posição de extremamente pobres”. 

Justificou que esta crise armada entre Moscovo e Kiev vai certamente agravar a pobreza, e o dever da FAO, é passar essas informações para que os governos e autoridades nacionais [de cada país da África central] comecem a tomar medidas preventivas, porque sustenta, “a crise não vai passar pelo simples agravamento do preço do trigo e do milho mas também do preço dos combustíveis”. 

Essa crise vai agravar os alimentos, adianta, explicando que “o preço do seu transporte vai ser mais caro, facto, certamente que vai perturbar a vida de pessoas pobres”. 

A guerra entre a Rússia e Ucrânia cujo termo se afigura imprevisível, teve início há duas semanas originária por um desentendimento resultante de uma eventual adesão da Ucrânia a Organização Atlântico do Norte, OTAM, ao qual Moscovo objecta por partilharem uma extensa fronteira. 

Fim/MD/LM

STP-Press

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