Por Manuel Dênde, Jornalista da STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 27 Fev. 2022 (STP-Press) – São Tomé e Príncipe remarcou a abertura do primeiro furo petrolífero no Bloco 6 da sua Zona Económica Exclusiva, Offshore, para o mês de Maio de 2022, – soube-se hoje através de um comunicado da Agencia Nacional de Petróleo (ANP).
O comunicado da ANP justifica que a alteração da data prende-se com os últimos desenvolvimentos na Namíbia, envolvendo o navio-sonda Valaris DS-10, inicialmente alocado para executar as operações de perfuração no Bloco 6 cujas acções são detidas pelos grupos Shell e a Galp, com 45% de acções cada e o Estado de São Tomé e Príncipe com 10%.
“A ANP-STP foi notificada pelas empresas do consórcio do Bloco 6 (Galp e Shell) do adiamento da data prevista para o início das operações do poço Jaca. Em virtude dos últimos desenvolvimentos na Namíbia, verificou-se uma alteração na disponibilidade do navio-sonda Valaris DS-10, inicialmente alocado para executar as operações de perfuração no Bloco 6” avança o comunicado.
O comunicado diz ainda que “tendo em conta a natureza complexa das operações de pesquisa de petróleo e gás, este tipo de mudanças no calendário não é raro neste tipo de projecto. Por este motivo, após aprovação da ANP-STP, as empresas do consórcio contrataram em processo acelerado o navio-sonda Maersk Voyager, igualmente bem equipado e com larga experiência na realização de operações de perfuração na África Ocidental (Gana, Angola e Guiné Equatorial) e que recentemente foi utilizado na perfuração do poço Venus da Total Energies na Namíbia”.
“Shell e a Galp esperam iniciar as operações do poço Jaca (Bloco 6), em alto-mar, no início de Maio e, apesar do ligeiro atraso, os planos originais não ficaram comprometidos. A ANP-STP, na qualidade de agência reguladora, juntamente com os parceiros Shell e a Galp, continuam fortemente empenhados nas operações do poço Jaca na esperança de desbloquear o potencial de petróleo e gás de São Tomé e Príncipe”, concluiu o documento.
O informa da ANP surge como resultado da promessa de Osvaldo d’Abreu, ministro são-tomense titular dos Recursos Naturais, que, há dias, garantiu à imprensa mais detalhes sobre o processo de adiamento da perfuração do Bloco 6 da ZEE.
Recorde-se que a referida zona comporta uma dimensão de 160 mil km2, onde os testes sísmicos de duas dimensões realizados entre os anos 2009 e 2010, permitiram identificar um total de 19 blocos de petróleo.
O Bloco 6 dá corpo ao projecto JACA que faz parte de um grupo de blocos localizados próximos das águas territoriais da Guiné-Equatorial e da Nigéria.
O bloco em causa, localiza-se há 100 km ao largo da costa são-tomense e numa profundidade superior a 2000 metros.
Fim/ MD/LM
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