Por Manuel Dênde, jornalista da STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 25 Fev. 2022 (STP-Press) – A efectivação de primeiro futuro no Bloco 6 de petróleo na Zona Económica Exclusiva (ZEE) de São Tomé e Príncipe, offshore, que estava inicialmente agendado para o próximo mês de Março, poderá ser adiada, acaba de anunciar a rádio pública do país.
Citando Osvaldo d’Abreu, ministro das Infraestruturas e que detém, igualmente, o pelouro de Recursos Naturais, sobre o assunto disse que “nós também recebemos estas informações. No entanto, o Governo ainda não tem informações oficiais sobre o assunto”.
Acrescentou contudo que “ainda que oficiosa, nós estamos a compilar todas as informações e na devida altura informaremos a nossa população e os nossos parceiros sobre este assunto”.
O governante que não se mostrou surpreendido com evolução inesperada pela negativa, admitiu que o processo de prospecção e exploração de petróleo tem essas nuances.
“E nós [Governo]estamos completamente cientes de que os riscos existem”, enfatizou.
Osvaldo d’Abreu, sustentou ainda sobre o assunto, acrescentando que “os períodos previamente definidos podem ser alterados [de acordo com qualquer situação imprevista] ”.
Na Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe com uma dimensão de 160 mil km2, os testes sísmicos de duas dimensões realizados entre os anos 2009 e 2010, permitiram identificar um total de 19 blocos de petróleo.
O Bloco 6, dá corpo ao projecto JACA que faz parte de um grupo de blocos localizados próximos das águas territoriais da Guiné-Equatorial e da Nigéria.
O bloco em causa, localiza-se há 100 km ao largo da costa são-tomense e numa profundidade superior a 2000 metros.
O mesmo é detido pela Shell e GALP em 45% cada um, ao passo que o Estado são-tomense fica com 10%.
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