Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 13 Nov. 2021 ( STP-Press  ) –  O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova defendeu hoje que “as Forças Armadas têm de continuar a ser uma reserva de disciplina, patriótica”, tendo sublinhado a “indubitável submissão” das mesmas “ás instituições democraticamente eleitas” e dever da “defesa de valores democráticos”.  

Carlos Vila Nova que exerce também as funções do Comandante Supremo das Forças Armadas fez estas declarações hoje no campo de Quartel General durante no acto de Juramento de Bandeira de 399 novos soldados, dos quais, 14 mulheres que passaram a integrar o corpo militar são-tomense.

No seu discurso, Carlos Vila Nova sublinhou que “as forças armadas têm de continuar a ser uma reserva de disciplina, patriótica, de entrega, de obediência, de respeito pelo próximo, solidariedade pessoal e social e enfim, de indubitável submissão às instituições democraticamente eleitas ou constituídas, de comportamento ético e de defesa de valores democráticos”.  

“Há algum tempo que as nossas Forças Armadas deram início a um processo de reforma para melhorar se ajustarem à defesa dos superiores interesses do País, e contrariarem as novas ameaças que assumem cada dia formas distintas e subtis”- referiu o Chefe de Estado são-tomense.

Carlos Vila Nova sustentou que “é nesta senda de reformas que as forças armadas têm de continuar, sempre atentas às reais condições do nosso País, a defesa intransigente da democracia e do respeito pelo seu carácter republicado a as novas ameaças globais e o modo como localmente elas podem impactar a nossa sub-região e o nosso próprio País”.

“As Forças Armadas gozam indiscutivelmente de uma imagem e a apreciação satisfatórias no seio do nosso povo”, disse para depois acrescentar que “mas, é absolutamente necessário reforçar esta imagem, rejuvenescer os órgãos do Comando, reforçar a disciplina e o incontornável princípio democrático e de organização da submissão das autoridades militares às autoridades civis”.

Vila Nova sustentou ainda que “os programas de preparação combativa e os cursos de aperfeiçoamento devem inexoravelmente conter uma forte componente de formação cívica, patriótica, ambiental e dos direitos fundamentais consagrados na Constituição da República”.

“Não sendo a sua vocação principal, quero daqui desta tribuna, render homenagem às Forças Armadas pela sua participação exemplar nas tarefas de apoio à segurança de pessoas e bens, sempre que chamadas e devidamente enquadradas”, acrescentou o Comandante Supremo.

Para Vila Nova “é imperativo continuar a trabalhar na melhoria da reorganização do comando das nossas Forças Armadas, a prontidão e a preparação técnica e operacional das nossas tropas, racionalizar o efectivo nacional e definir um melhor equilíbrio entre as diferentes componentes, ao mesmo tempo que se melhora as condições de vida e de trabalho, bem como o equipamento das diferentes formações”.

“A instalação de um Estado Maior das Forças Armadas e do afastamento do seu comando operacional bem como o estabelecimento do ramo- Guarda Costeira tem vindo a afirmar-se nitidamente pela sua especificidade na defesa da integridade territorial do nosso País, introduziram inquestionavelmente uma maior coerência e rigor na gestão da defesa e segurança nacional”,- referiu ainda o Presidente da República.

Fim/RN

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