Por: Ricardo Neto e Neisy Sacramento, Jornalistas da Agência STP-Press
São-Tomé, 21 Set 2021 ( STP-Press ) – Duas especialistas são-tomenses revelaram hoje que o País enfrenta uma 3ª vaga de Covid-19 causada, sobretudo por variante Delta que tem hospitalizado mais as pessoas não vacinas, por isso, apelam toda população a aderir a vacinação, alegando que a “situação é grave e preocupante em comparação com as vagas anteriores”.
“Infelizmente o País enfrenta a 3º vaga desde de julho que agravou em Agosto” – disse a Infeciologista são-tomense Eula Carvalho, tendo sublinhado que a “variante Delta é que está basicamente a circular no seio da população”.
Sustentando a teste da colega, a médica Rosa Rodrigues, especialista em análises e saúde pública, assegurou que “nesta fase da pandemia e com aumento de casos, a variante [da Covid-19] que temos detetado é a Delta tanto em paciente internado como também nas comunidades”.
Atendendo a existência da variante Delta, Rosa Rodrigues revelou que “agora nesta fase a carga viral é maior do que em outras variantes que já detetamos”, tendo sustentado que nesta 3ª vaga “há uma maior transmissibilidade”.
“Quem mais hospitaliza são pessoas não vacinadas, sobretudo, idosos acima dos 60 anos”, disse a infeciologista Eula, tendo acrescentado que “mesmo as pessoas já vacinadas devem seguir as medidas de proteção porque toda população ainda não está protegida”.
Tendo declarado que “a nível diagnóstico temos observado uma tendência para pessoas novas, jovens, a idade produtivo”, Eula Carvalho considerou “a situação é grave e preocupante em comparação com outras vagas”.
Além de ter aconselhado os professores para aderirem em massa a vacina como forma de diminuir o risco de contaminação as crianças e consequente abertura dos centros escolares, Eula Carvalho disse que “caso de hospitalização de crianças menores abaixo de 10 anos, ultimamente, não temos esses pacientes”.
Quanto aos sintomas da variante Delta, Eula Carvalho explicou que “a pessoa apresenta mais dores de cabeça, dor da garganta e escoriações nasais e agrava-se com falta de ar” e outras complicações.
Além da variante Delta, a médica Rosa Neto Rodrigues falou ainda da existência e outras tais com Alfa e Eta, avaliadas como menos expressivas actualmente no país.
As declarações hoje das duas especialistas confirmam a primeira revelação feita em julho último pelo ministro da Saúde, Edgar Neves dando conta da existência da variante Delta no País bem como a sua alta taxa de contagiosidade e a rapidez na transmissibilidade.
Na altura, o ministro Edgar Neves explicou que a variante Delta, foi descoberta pela primeira vez na Índia, e que “tem uma transmissibilidade mais elevada, sendo, que as pessoas infectadas por essa variante têm uma carga viral mais alta por períodos de tempo mais longos do que as afectadas por outras variantes”.
Fim/RN